VOCÊ NO SAMBA / Galerias

• Segunda escola a desfilar com o enredo “Ô Zeca, o pagode onde é que é?”

  Lucia Mello em 28 de Fevereiro de 2023
  
  
  

  Grande Rio apresenta o enredo “Ô Zeca, o pagode onde é que é? Andei descalço, carroça e trem, procurando por Xerém, pra te ver, pra te abraçar, pra beber e batucar”.
  

  A escola foi desenvolvida pelos carnavalescos Leonardo Bora e Gabriel Haddad. O samba-enredo é uma composição de Igor Leal, Arlindinho Cruz, Diogo Nogueira, Gustavo Clarão, Mingauzinho e Myngal.

  A ideia da composição é fazer um passeio pela trajetória de Zeca Pagodinho, levando em consideração os aspectos geográficos, os lugares onde o astro percorreu.

  Um passeio pela vida de Zeca Pagodinho

  Para entrar no clima de Carnaval da Grande Rio, não podíamos deixar de fazer um passeio pela trajetória de vida do nosso querido Zeca Pagodinho. Registrado como Jessé Gomes da Silva Filho, Zeca Pagodinho nasceu no dia 04 de fevereiro de 1959, no Irajá, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, mas foi criado no município de Del Castilho.

  O artista é filho de Seu Jessé e Dona Irinéia, sendo o quarto de cinco filhos da família. O vínculo com a música começou muito cedo e, ainda criança, fugia das aulas da escola para curtir uma roda de samba.

  Antes de se tornar um dos maiores nomes do samba, Zeca Pagodinho fez de tudo e foi camelô, office boy, feirante, contínuo e anotador de jogo do bicho. Foi na década de 80 que ele começou a se destacar como versador e gravou sua primeira música em 1983. A canção se chamava Amargura e foi gravada em parceria com o flautista e partideiro Cláudio Camunguelo.

  A música entrou para o repertório do segundo álbum do grupo Fundo de Quintal, o que facilitou a aproximação de Zeca Pagodinho com Beth Carvalho. A cantora gravou seu primeiro sucesso, a canção Camarão que dorme a onda leva, que foi um pontapé para o sucesso musical do pagodeiro.

  Foi em 1986 que o artista estreou seu primeiro disco solo, que recebeu o nome de Zeca Pagodinho. Com isso, surgiram sucessos como Coração em Desalinho, Brincadeira tem Hora, Quando eu Contar (IáIá) e Judia de Mim, que o ajudaram a atingir a marca de 1 milhão de cópias vendidas.

  Ao longo de anos de carreira, Zeca Pagodinho lançou novos sucessos, protagonizou parcerias importantes e foi se consolidando como um dos maiores nomes da música brasileira. Com o álbum Deixa a Vida me Levar, que virou tema da Copa, ganhou o Grammy 2002 na categoria “Melhor Álbum de Samba”.

  Hoje, aos 64 anos, Zeca Pagodinho carrega uma trajetória recheada de conquistas e é um grande contribuidor da cultura nacional, não é à toa que será homenageado neste Carnaval!

  Enredo de “Ô Zeca, o pagode onde é que é?”

  A letra do samba-enredo da Grande Rio, Ô Zeca, o pagode onde é que é?

  Confira a seguir:

  Ô Zeca tu tá morando onde?

  Sai com meu povo a te procurar

  Botei minha cerva na encruzilhada

  Pra Moça da saia rodada e pro Ôme da capa

  Cadê você?

  É alvorada do seu padroeiro

  Pra agradecer

  Ao mensageiro de São Jorge o Guerreiro

  Tem patuá, pra proteger

  E tem mandinga no velho engenho

  Quem tem um santo poderoso que é Ogum?

  Eu tenho

  Nas bandas do Irajá, gelada no botequim

  Assim vou vadiar até no gurufim

  Se tem patota, Ibeji e ajeum

  Salve Cosme e Damião, Doum!

  Ê… Que bela quitanda, quitandinha de Erê

  Seu Balançê… Tem quitandinha de Erê

  Passei procurando na feira

  Lá em Del Castilho e na Tamarineira

  E na gafieira, boêmios, Malandros

  Pelos sete lados eu vou te cercando

  Jessé! Jessé!

  Botei teu nome numa faixa amarela

  Em reverência a velha guarda da Portela

  De mil maneiras ser humano sem igual

  Zeca!

  Levante o Copo para o povo brasileiro

  Te encontrei nesse Terreiro

  Xerém é o seu quintal

  Deixa a Vida me levar

  Onde o samba tem valor

  Meu Candiá… Encandiou

  Sou Grande Rio carregado axé

  Minha gira girou na fé

  • FOTOS

    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    • 
    •