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  • União de Maricá apresenta sinopse do enredo para 2023

    Redação em 19 de Dezembro de 2022

    Sinopse do enredo "Eu sigo Nordestino", da União de Maricá para o Carnaval 2023. O texto é de autoria do carnavalesco Renato Figueiredo. Vale destacar que não haverá disputa de samba-enredo, pois a obra é encomendada.

    No próximo ano, a escola será a 11ª a desfilar no primeiro dia da Série Prata, em 24 de fevereiro, na Intendente Magalhães.

    SINOPSE - EU SIGO NORDESTINO

    Imagine você, o Brasil ser dividido

    e o nordeste ficar independente?

    São nove estados e uma ruma de gente...

    feliz, criativa, respeitosa e valente.

    Com seu próprio jeito de ser, cada qual com suas particularidades e diversos povoados, com nordestinos de todos os tipos, em todos os cantos e lados.

    De precisão, descasos e desatinos

    se originou a consciência daquela "nação".

    Da peste, despejada pelos cobiçadores,

    ao cabra, porreta e arretado, se deu, de cabra macho à mulher valente, um sujeito singular.

    Mas o nordestino é muito mais do que uma veste. Chapéu de cangaço, sozinho, não faz cabra da peste.

    Nordestino é um povo forte, que nasce com a nobreza do sertão, com sotaque que dá norte a sua forma de expressão.

    Pergunte a um nordestino se o seu sonho de menino é deixar o sertão? Por certo ele dirá, com toda a convicção, que se Deus, dez vidas lhe desse, escolheria sempre o nordeste para ser o seu natal torrão.

    Quis o destino que naquelas terras, de sol à pino,

    brotasse um povo amigo, hospitaleiro e acolhedor. Que se destaca em todo o canto, pelo excesso de talento e amor.

    No Brasil você encontra o nordeste em cada canto que for.

    O nordestino é antes de tudo um povo que merece respeito, pois peleja dia a dia, contra essa covardia, que é o tal do preconceito.

    Nordeste...

    De arte, cultura e histórias de encantarias e assombração, como as que tão bem contou o pequeno João.

    Terra onde brotou Margarida Alves, Mestre Vitalino, Mãe Menininha, Patativa do Assaré, Ariano Suassuna, J. Borges, Paulo Freire e Gonzagão...

    Capitão, ali... só Virgulino! Que perdeu a pureza da vida, ainda menino, escrevendo, do céu ao inferno, o seu destino de cão.

    Terra de cordel e poesia, contados com maestria e com muita entonação. Nordestino é o embalo da sanfona, alegria da chuva no sertão, poesia que a alma emana, a música que acalma o coração. São imponentes como as praias que destacam a beleza daquela região.

    O gibão é sua armadura,

    feito lança certeira é a sua fé,

    de Padre Cícero vem a esperança

    pra enfrentar a vida do jeito que ela vier.

    Nordestino é feito o mandacaru, que mesmo na seca floresce e fica firme no chão. É gente sabida, pós graduada na vida e regada a gratidão.

    Feito a asa branca, segue convicto o seu destino, pois maior que qualquer alheio preconceito, é o seu orgulho de ser nordestino!

    Sim! O nordeste é de se orgulhar.

    Se houvesse a tal divisão, quem sairia perdendo, não seria o povo de lá.

    Por tudo isso, digo:

    Eu sigo nordestino...

    mesmo sendo de outro lugar.

    Texto e pesquisa: Renato Figueiredo

    G.R.E.S. UNIÃO DE MARICÁ – Carnaval 2023



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