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"Um carnaval de total sucesso"
Lucia Mello em 28 de Fevereiro de 2012
O Carnaval do Rio terminou para a Prefeitura e os demais órgãos públicos às 23h59 deste domingo, 26 de fevereiro. O período que começou na segunda-feira, 13 de fevereiro, houve a visitação de 1,144 milhões de visitantes estrangeiros e brasileiros, 850 milhões de dólares de receita gerada, 37 transatlânticos com 87 mil turistas, 95% da taxa de ocupação hoteleira, 53 shows no Terreirão do Samba, 425 blocos e 31 palcos montados em variados bairros do Rio promovendo os bailes populares. No total do Carnaval de Rua, foram 5. 354.400 (um acréscimo de 9,77% em relação ao ano passado); no Carnaval do Sambódromo, por volta de 300 mil pessoas nos seis dias de festa e na Intendente Magalhães, 60 mil pessoas. Todos estes números foram ditos pelo secretário de turismo e presidente da Riotur, Antônio Pedro Figueira de Mello e o secretário de conservação, Carlos Roberto Osório, em coletiva de imprensa no balanço do Carnaval 2012.
A proposta de espalhar os blocos pela cidade desafogando a Zona Sul deu certo, de acordo com o secretário Antônio Pedro Figueira de Mello. Ele viu isso no pré-Carnaval com o bloco da Preta, que antes saía na orla de Ipanema, e foi deslocado para a Avenida Rio Branco.
"Nós vamos continuar não aceitando blocos na Zona Sul. Vamos fazer a partir do dia de hoje análise das fichas de cada um, analisando a passagem de cada bloco, vendo se saíram no horário, como aconteceu a dispersão, se desligaram o som no horário respeitando os moradores. Se um Carnaval com 5 milhões de pessoas teve como maiores problemas o xixi e o lixo, que mesmo assim diminuiu em relação ao ano passado, pôde se ver que foi um sucesso", disse.
Exatamente sobre estes pontos, ele disse ainda que é preciso aprimorar e necessita de uma campanha permanente no resto do ano. O secretário pediu ajuda do folião e do ambulante que trabalha para que reforçem-a.
"Aquele ambulante que pega o pack de cerveja e após colocar as bebidas no isopor, descarta a embalagem de plástico no meio da rua, já vamos agir com o patrocinador no ano que vem. E até o descrendenciamento com o ambulante que polua a rua. Também a cidade precisa trabalhar a questão dos seus banheiros fixos. Nós sabemos que o banheiro fixo funciona muito melhor que os banheiros químicos. Porque ir a um banheiro químico nunca é tão agradável quanto o fixo. Por mais limpinho que esteja, a gente sabe que os dejetos estão ali dentro", disse.
O secretário de Conservação, Carlos Roberto Osório, destacou que o sucesso da fórmula do Carnaval por completo foi a quantidade de que cada folião produziu menos lixo quantitativamente. Além disso, apontou também que as parcerias com catadores nos blocos que fazem parte da Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, Sebastiana, aumento de lixeiras móveis e no não houve acúmulo de limpeza.
"Nós tivemos no total geral do Carnaval mil toneladas de lixo, no Sambódromo e no Carnaval de rua, sendo que houve um decréscimo de 23% do total de lixo gerado. Essa é a primeira vez nos dados históricos da Comlurb que acontece num ano onde houve o aumento de público. Então, nós começamos a inverter a curva", afirmou.
Outro ponto importante também foi a não depredação do patrimônio público nos corredores da folia na cidade.
"Pela primeira vez, não registramos um dano sequer aos patrimônios públicos. Ou seja, nnehum monumento da cidade sofreu qualquer tipo de avaria. Também é mais um motivo para se comemorar. Não teve nenhum gradil arrombado, nenhum canteiro avariado. A população ajudou. Isso para nós é muito importante. E hoje nós estamos fazendo uma revisão de todos os logradouros públicos que serviram para grandes concentrações de público para fazer um pente-fino, uma revisão para uso normal" declarou.
Para 2013, o secretário disse que irá cobrar mais dos blocos para acompanhar a evolução do Carnaval
"A partir de hoje, começo a planejar e pensar o Carnaval de 2013. Como o Carnaval sofreu uma evolução, eu vou querer uma participação maior dos patrocinadores para ajudar nesta questão do lixo, das bebidas descartadas, rever alguns blocos que tiveram problemas em suas saídas. E reafirmo: a rua é do povo, é gratuito, sem abadá. Definitivamente, nós temos o maior Carnaval do mundo"