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  • Tunico da Vila canta Martinho da Vila no Teatro João Caetano

    Redação em 18 de Dezembro de 2018

    O cantor e compositor Tunico da Vila, apresenta uma proposta intimista de show de samba com musicalidade repleta de afetividade, cantando a família e o seu universo cultural. O show acontece no dia 16 de janeiro, quarta-feira, às 18:45 horas, dentro do Projeto 15 pras 7 do Teatro João Caetano.

    Tunico da Vila propõe um voo na origem africana do samba e na trajetória dos cinquenta anos de carreira de seu pai, Martinho da Vila. Com suas vivências como testemunha partícipe, nos mais de 25 anos que o acompanhou pelo mundo como seu percussionista, nas cantorias e composições que dividiu com ele. O sambista reafirma sua herança cultural e atua como um contador musical da história que fez parte. Um show de memória afetiva e de sons de povos. “Para mim, ter sido testemunha partícipe desse legado cultural é um privilégio. Ter nascido num lar efervescente, de culto as raízes do samba, ter viajado o mundo com o pai, ter aprendido a respeitar a liberdade, as escolhas dos seres humanos, compor canções e cantar com ele, são experiências que vão muito além da relação pai e filho. Martinho da Vila é história da cultura, da música do Brasil negro e afirmativo”, Tunico da Vila.

    No repertório os clássicos sambas sensuais gravados por Martinho, “Disritmia”, “Ex-amor”, “Manteiga de garrafa” além de “Salve a mulatada brasileira”, “Cresci no morro”, “Sino da igrejinha”, “Semba dos Ancestrais”, “Mudiakame”, “Casa de Bamba”, “Cheguei no samba”, “Chora Viola”, “Calango longo”, “Baixou na avenida” e “Quero quero”. Tunico da Vila faz parte da ala de compositores da Unidos de Vila Isabel, é benemérito da escola e autor do samba-enredo campeão do carnaval carioca de 2013, conhecido como “Festa no Arraiá”, junto com Martinho da Vila e Arlindo Cruz.
      

    Trajetória

    Tunico da Vila canta canções que contam histórias ancestrais, firma-se como grata revelação do samba contemporâneo, aliando sua vivência como músico a experiências ligadas ao pertencimento e seu universo cultural. Retrata por meio de seu show os ambientes que deram liga ao samba carioca, os terreiros e as rodas de samba. Canta a cultura de matriz africana, o que evidencia a influência do sagrado no samba, na música brasileira, na obra de Martinho da Vila e de seus descendentes. Apresenta sambas de roda, de partido-alto, de terreiro, afro-sambas, além de ritmos caribenhos e angolanos. Através de laços de afetividade, conversa musicalmente com o público, por meio de suas composições sobre temas como a origem banta e irreverente do samba de partido-alto, o cotidiano do povo negro, liberdade racial e sensualidade. Começou a compor sambas em 1994 com Paulinho da Aba (in memoriam) e Agrião. Junto com sua irmã Analimar, Ana Costa e Agrião fez parte do grupo “Coeur Sambar”. Seu lado compositor nasce em 1994, no antigo bar do Varandão, reduto de sambistas de Vila Isabel quando compôs seu primeiro samba com os parceiros Paulinho da Aba (in memoriam) e Agrião. Inicia sua carreira como músico profissional aos 20 anos de idade. Percussionista consagrado, fez parte do movimento que levou a percussão brasileira para o exterior. Tunico da Vila fez carreira internacional, tendo atuado na Dinamarca, Portugal, Cabo Verde, França, Inglaterra, Suíça, Alemanha e Angola. Atuou como músico na banda de Martinho da Vila durante 25 anos, gravou com Emílio Santiago, Leila Pinheiro e nomes além do samba como Homem de Bem, Tito Paris, Jorge Degas, Tabanka Djaz, Manecas Costa, Luís Represas, Banda Maravilha, Ella Henderson e Kelly Rowland, onde fez arranjos de percussão para o clipe produzido pelo cineasta americano Spike Lee.
     

    É compositor da Universal Music, gravou seu primeiro álbum intitulado “Tunico Ferreira” (2003), que fez sucesso com a música “Nota de Cem”. Em 2009, lançou seu segundo álbum ”Na cadência do Partido Alto” e em 2016, o EP “O Velho de Oiá”, disponível nas plataformas Spotify e Deezer. Salgadinho gravou a canção, “Que paixão tão linda é essa” (2017), de Tunico da Vila. Nos CD´S de Martinho da Vila, Tunico da Vila assina as canções, “Um ai ai pro meu amor” no álbum “Tá delícia, tá gostoso” (1995), “Pare de brincar comigo” e “Difícil ser fiel” no álbum “O Pai da Alegria” (1999). Das composições com Martinho da Vila, a música “Cheguei no Samba”, gravada pelo grupo Swing e Simpatia (2000). Autor de “Festa de Caboclo”, Tunico foi gravado por Martinho da Vila no CD “Da Roça e da Cidade” (2001). Interpretou o samba romântico de sua autoria, “Vivo pra sentir seu prazer“ no álbum “Lambendo a Cria” (2011), “Meu Off Rio” no DVD Sambabook Martinho da Vila (2013), e os sambas de enredo, “De alegria pulei, de alegria cantei ”e “Teatro Brasileiro”, dessa vez no CD “Enredo” (2014) de Martinho.
     

    Já se apresentou com sua banda no carnaval de Almada e Crato em Portugal, nas principais casas de samba do eixo Rio- SP, no Teatro Rival (RJ), nos teatros do Sesc Ipiranga (SP), Pompéia (SP), Sesc Ribeirão Preto (SP), São Carlos (SP) e no Teatro Guaíra em Curitiba (PR), nas cidades de Belo Horizonte (MG), Belém (PA), Brasília (DF), Florianópolis (SC), Vitória (ES) e Uruguaiana (RS). Em 2017 e 2018, Tunico da Vila gravou dois clipes e disponibilizou nas plataformas streamings, “É dia de rede no mar” uma ode à cultura negra do povo do mar e “Nos Caminhos de Um Só”, junto com o sambista Xande de Pilares, povos de terreiro e do congo num canto pela liberdade religiosa. Tunico da Vila realiza um projeto que envolve tradições e ancestralidade no estado do Espírito Santo, terra do congo, ritmo africano e da toada “Madalena do Jucu”, adaptada em samba por Martinho da Vila em 1989 e que em 2019 completa 30 anos. Em 2018, interpretou o samba-enredo conhecido como “Festa no Arraiá”, de sua autoria em parceria com Martinho da Vila e Arlindo Cruz no álbum “Alô Vila Isabeeel” e a canção “Baixou na Avenida” no CD “Bandeira da Fé”, ambos de Martinho da Vila pela Sony.
      

    História de Vida

    Nascido no dia de Santo Antônio, dia 13 de junho, batizado como Antônio João e Pedro Caniné Ferreira, Tunico da Vila, 45 anos, é carioca, nascido e criado no bairro boêmio de Vila Isabel. Possui uma história intrínseca à escola de samba do bairro. Começou a frequentar a quadra da Unidos de Vila Isabel ainda criança, com seu pai o cantor e compositor Martinho da Vila e sua mãe Ruça, que foi presidente campeã pela Unidos de Vila Isabel em 1988. Formou-se em percussão pela Ordem dos Músicos do Brasil, participou do 1º Canto Livre de Angola no Brasil em 1983, do Kizomba- Encontro Internacional de Arte Negra em 1984, do desfile “Kizomba, Festa da Raça” da Unidos de Vila Isabel em 1988 desfilando na bateria tocando tamborim, do PERC PAN 2010- Panorama Percussivo Mundial em Salvador –BA e é fundador do coletivo cultural “Somos 1 Só”- SP, que reúne artistas com o intuito de promover o diálogo entre os diversos gêneros musicais e a periferia. Flamenguista, Tunico da Vila é casado com a jornalista capixaba Déborah Sathler, possui cinco filhos, Lara, Leonardo, Luah, Higor e Madalena do Espírito Santo. É amante de um bom vinho e sua comida predileta é bacalhau.
      

    Agenda:
      

    Tunico da Vila canta Martinho da Vila

    Projeto 15 pras 7 Teatro João Caetano
      

    Data: 16/01/2019- quarta-feira

    Horário: 18:45 horas

    Teatro João Caetano Praça Tiradentes -Centro

    Ingressos: Entrada Inteira R$40 e Meia R$20 para estudantes, jovens até 21 anos, idosos com mais de 60 anos e assinantes do Jornal O GLOBO.

    Contato: Telefone: (21) 2332-9257





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