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  • Tributo a Clara Nunes marca festa de lançamento do enredo da Portela para 2019

    Lucia Mello em 05 de Junho de 2018

    'Temos tudo para fazer um grande desfile', projeta carnavalesca Rosa Magalhães

    "Lá vem trovoada!" Evocando o verso do samba da Portela de 1984, "Contos de Areia", a diretoria da escola promoveu, no último sábado (2), um emocionante tributo a Clara Nunes (1942—1983), para lançar oficialmente o enredo "Na Madureira Moderníssima, hei sempre de ouvir cantar uma Sabiá", de autoria da carnavalesca Rosa Magalhães.
     
    Convidada pelo presidente Luis Carlos Magalhães, a atriz Clara Santhana, estrela do musical "Deixa Clarear", encarnou a cantora e encantou o público da Feijoada ao lembrar clássicos como "Um Ser de Luz", "Morena de Angola", "Conto de Areia" e "Portela na Avenida". "Vai ser um desfile muito especial. Tenho certeza que a Portela vai emocionar a Avenida. A Clara merece todas as homenagens", exaltou a atriz.
     
    Com toda a equipe de carnaval e membros da diretoria reunidos no palco, o presidente da Portela falou sobre a escolha do tema. "Nós todos aceitamos o desafio de fazer um enredo dentro dos nossos 95 anos (de fundação) voltado para vocês, voltado para nossa escola. Por isso, nós aceitamos o desafio de fazer um enredo sem nenhuma promessa de ajuda financeira, porque nós acreditamos no nosso equilíbrio financeiro, no nosso equilíbrio econômico. Não sabemos quanto a prefeitura vai dar, quanto a Liesa vai dar... Nós sabemos é que hoje temos quase 25% dos nossos custos do carnaval bancados por vocês, pela feijoada, pelo aluguel da quadra, pelos shows do nosso elenco... E nós já estamos prontos para enfrentar o mercado e enfrentar toda a dificuldade que vem por aí pela falta de verbas públicas. E nós queremos alcançar muito mais até o carnava! E é só em razão desse equilíbrio financeiro que decidimos fazer o enredo sobre a nossa rainha Clara Nunes", discursou Magalhães.
     
    Logo depois, outro momento de grande emoção: vestidos de branco, integrantes da ala de passistas, sob a coordenação de Nilce Fran, fizeram uma exibição especial, ao som da música "Guerreira", de João Nogueira e Paulo César Pinheiro.

    Madrinha da Velha Guarda Show, Clara também foi reverenciada no palco pelos bambas da azul e branco, que cantaram "Flor do Interior", samba de Manacéa feito após o falecimento da artista. Feliz com o enredo, o presidente de honra da Portela, mestre Monarco, já projeta uma disputa de samba-enredo de alta qualidade. "Clara Nunes foi uma grande portelense. É um enredo que vai gerar um grande samba, podem apostar. É um tema que mexe com o compositor."
     
    Em fase final de elaboração da sinopse, a carnavalesca Rosa Magalhães aposta na emoção como grande trunfo para arrebatar a Sapucaí. "É impressionante como a Clara Nunes mexe com as pessoas. É impossível não se emocionar! Temos tudo para fazer um grande desfile."
     
    Após o tributo, shows da bateria Tabajara do Samba, do cantor Tunico da Vila e do grupo Vou Pro Sereno completaram a programação do evento.

    A Feijoada da Família Portelense de junho contou, ainda, com as presenças ilustres do coreógrafo Carlinhos de Jesus, do jornalista e biógrafo de Clara Nunes, Vagner Fernandes, da cineasta Susanna Lira, uma das diretoras do filme "Clara Estrela", além de Lícia Caniné, a Ruça, ex-presidente da Unidos de Vila Isabel, que foi convidada a desfilar pela Portela em 2019.



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