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PORTELA ENTREGA SINOPSE E ANUNCIA O LOCAL DA DISPUTA DE SAMBA-ENREDO
Lucia Mello em 20 de Julho de 2011
A Portela entregou na noite da última terça-feira (19), na quadra da Portelinha a sinopse do enredo para o carnaval 2012: ...“E o povo na rua cantando. É feito uma reza, um ritual...", do carnavalesco Paulo Menezes e do compositor Marquinhos de Oswaldo Cruz.
Estavam presentes o presidente da escola Nilo Mendes Figueiredo, o carnavalesco Paulo Menezes, o compositor Marquinhos de Oswaldo Cruz, os Coordenadores de Carnaval Alex Fab e Junior Escafura e o coreógrafo Márcio Moura.
O carnavalesco Paulo Menezes estará nas próximas terças-feiras, antes do início da disputa de samba-enredo, que acontece no dia 27 de Agosto, tirando eventuais dúvidas que os poetas da azul e branco tenham em relação à composição do hino da agremiação.
Outra novidade que foi anunciada pelos Coordenadores de Carnaval Alex Fab e Junior Escafura, é que a quadra da co-irmã, Caprichosos de Pilares irá sediar o concurso de samba-enredo, pois o Portelão continua em obras para melhor comodidade e conforto aos torcedores freqüentadores da escola.
A Portela será a segunda escola a desfilar no domingo de carnaval com concentração do lado do prédio dos Correios.
CONCURSO DE SAMBA ENREDO - CARNAVAL 2012COORDENAÇÃO DE CARNAVAL / DIREÇÃO GERAL DE HARMONIACarnavalesco: Paulo Menezes
ENTREGA DE SINOPSE:19 JUL 2011 - TERÇA FEIRA - 20 HORAS PORTELINHA
REUNIÃO COM COMPOSITORES:26 JUL, 02 e 09 AGO 2011 - 20h: PORTELINHA
ENTREGA DOS SAMBAS:02 CD's E 50 CÓPIAS: 24 AGO 2011 - DAS 19 ÀS 22H PORTELINHA
APRESENTAÇÃO DOS SAMBAS CONCORRENTES (COM CORTE) 27 AGO 2011 - SÁBADO - 15 H CAPRICHOSOS
ELIMINATÓRIA - CHAVE AZUL-31 AGO E 14 SET 2011 - 21 H CAPRICHOSOS
ELIMINATÓRIA - CHAVE BRANCA -07 E 21 SET 2011 - 21 H CAPRICHOSOS
JUNÇÃO DAS CHAVES - AZUL E BRANCA 28 SET 2011 - 21 H CAPRICHOSOS
SEMI FINAL DO CONCURSO DO SAMBA ENREDO 07 OUT 2011 - 22 H CAPRICHOSOS
FINAL DO CONCURSO DO SAMBA ENREDO 14 OUT 2011 - SEXTA FEIRA - 22 HORAS CAPRICHOSOS
“...E o povo na rua cantando. É feito uma reza, um ritual...”
Pequena Prece ao Senhor do Bonfim.
Salve, meu Pai Oxalá, Meu Senhor do Bonfim!
Senhor do branco, pai da luz.
Força divina do amor...
Epa Babá!
Meu pai, “... sou filha de Angola, de Ketu e Nagô
Não sou de brincadeira
Canto pelos sete cantos
Não temo quebrantos
Porque eu sou guerreira
Dentro do samba eu nasci,
Me criei, me converti
E ninguém vai tombar a minha bandeira.”
E venho a ti pedir sua benção e proteção, e pedir, também, licença aos meus padroeiros, para conduzir a minha águia altaneira, o meu altar do samba, até a sua presença.
Sabe, meu senhor, sempre fomos muito festeiros, muito devotos, e gostaria muito que o meu povo conhecesse o seu povo e a sua maneira de festejar, de reverenciar a sua crença, a sua fé.
Por muitas vezes cantei a Bahia, agora chegou a hora de mostrá-la.
“... essa Bahia gostosa
Cheia de encanto e feitiço
Que deixa a gente dengosa
E a gente nem dá por isso”
Bahia que tem o dom de encantar.
Terra em que o branco e o negro, o sagrado e o profano, o afro e o barroco se misturam e se tornam uma coisa só. No mar da Bahia, tudo e todos se misturam.
Bahia de vários corações... sagrados corações.
Terra de cores, cheiros e temperos.
Terra de festas e de fé, de santos e orixás.
Terra de samba.
Terra de amor e devoção.
A Bahia é festa o ano todo e o povo vai pra rua manifestar a sua fé.
“... E esse canto bonito que vem da alvorada.”
Alvoradas, missas, procissões, afinal “quem tem fé vai a pé”.
Novenas, flores, fitas, águas e perfumes.
Cortejos, fiéis e cânticos.
Velas, orações e adoração.
Gente que dança!
Tambores e atabaques, samba de roda, batucadas.
Comidas, pois festa sem comida não é na Bahia.
Gente que canta!
Canta pro santo, canta pro orixá. Canta para os dois ao mesmo tempo. É o sincretismo se fazendo presente.
Louva a alegria, a liberdade, a esperança.
Gente que pula!
Pula como pipoca, como cordeiro, em blocos e trios. Transforma as ruas em um mar branco, de paz.
Mar branco, mar vermelho, mar azul. Bahia é feita de mar, é feita de água.
Gente que louva!
Beatos, filhos-de-santo, padres, mães-de-santo, fiéis e iaôs, todos juntos num mesmo ideal. Deuses e mortais, passado e presente.
Altares e terreiros, tudo é mistério. As divindades tão próximas e tão íntimas. O milagre da cumplicidade com o sagrado.
A luz dos orixás refletida nos olhares.
“... Tem um mistério que bate no coração
Força de uma canção que tem o dom de encantar.”
É dia de festa na Bahia. Não importa como começou. Não importa se um dia tudo vai terminar, pois o riso e o gesto já estão gravados na eternidade, no céu e no mar.
Bem aventurados todos aqueles que puderem ver a Bahia em festa.
E neste momento, meu Senhor, vejo que tudo aquilo que move o baiano: a fé, a alegria, a esperança, a crença e a devoção, move também o meu povo, o portelense.
Um povo que nunca desiste, vive a sorrir e a festejar.
E que essa Bahia que é de Todos os Santos, seja a partir de então dos santos da Portela também, que eles passem a fazer parte do seu panteão, estendendo sobre eles o seu divino manto e nos conduza a um desfile triunfal sobre o altar do carnaval.
Bem aventurados aqueles que puderem ver a Portela em festa.
Afinal,
Sou Clara,
Sou Portela,
Sou Guerreiros,
Sou Amor!
Salve o manto azul e branco.
Amém!
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Paulo Menezes
Enredo: Paulo Menezes e Marquinhos de Oswaldo Cruz