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O Grêmio Recreativo Escola de Samba Favo de Acari apresenta o seu Enredo
Lucia Mello em 02 de Setembro de 2011
Sinopse
" A CRIAÇÃO DO MUNDO ATRAVÉS DOS DEUSES DA MITOLOGIA "
No começo era o "Caos". Era o espaço aberto, a pura extensão ilimitada, o
abismo sem fundo.
De repente, surgiu a primeira realidade sólida. GAIA, a terra. Ela deu ao Caos
um sentido: Limitou-o. Instalou nele o chão, o palco da maravilha e da miséria
da vida.
Para os órficos, fiéis seguidores dos ensinamentos do poeta Orfeu, o princípio
de todas as coisas e Cronos(Saturno), o tempo. Este Deus devorador é quem
teria dado origem ao Éter e ao Caos.
Em todo o redor do Caos, havia a Noite, que abraçava o grande espaço como
uma sólida casca, e lhe conferia o aspecto de um gigantesco ovo.
Nesse ovo nasceu Fanes, a luz, que se uniu a noite e nela gerou Céu e
Zeus(Júpiter).
Contam os órficos também que a Noite não formava uma casca, mas era uma
ave negra de enorme asa. E fecundada pelo Vento, pôs um ovo de prata no
ceio da escuridão original, entre o céu que havia acima, e a terra que jazia
embaixo.
Do ovo saiu Eros, o amor universal, o protógonos, "o primeiro nascido". Eros
não gostava de viver escondido nas trevas. Por isso, sob a luz de fanes, que
até então se guardava no ovo de prata, o amor começou a desnudar a
natureza.
E uniu o Céu e a Terra num abraço violento e apaixonado, do qual nasceu tudo
o que faltava nascer. Massa rude e informe, constituindo o universo. Nesse
tempo, nenhuma luz dispensava ao mundo, calor e claridade. Nem o sol, nem
a lua percorriam ainda a abóbora celeste, transformando cada dia um novo
dia, cada noite numa noite clara.
O solo não tinha densidade. O mar não fluia, o ar não tinha luz. Nada possuía
forma própria. E no interior dessa massa única, travava-se a constante batalha
dos princípios opostos: o frio combatendo o calor; a umidade lutando contra a
seca: a leveza, contra o peso.
GRES FAVO DE ACARI
Pouco a pouco, um Deus ordenador emergiu do Caos. Tudo definiu e
harmonizou, segundo sua inteligente e soberana vontade. Fez-se a paz no
universo. Mas permaneceu para sempre acesa a centelha do conflito.
No princípio de tudo, o Deus Urano(Céu), Senhor de todas as coisas, teve
Gaia(Terra) como esposa. Dessa união nasceram os gigantes, Titãs, os quais o
pai desprezava por completo. Revoltada com a atitude do marido, Gaia
instigou os filhos a puni-lo. Mas, dentre todos, apenas Cronos(Saturno)
atendeu ao pedido. Derrotou o pai numa luta sangrenta e tomou-lhe o lugar de
Deus supremo. Em seguida, elegeu a própria irmã Réia(Cibele) como esposa e
todos os outros irmãos Titãs como únicos colaboradores de seu governo.
Como Noco senhor do universo, Cronos iniciou um reinado exageradamente
déspota e acabou atraindo para si o desgosto irado da mãe.
Amaldiçoando Cronos, Gaia previu-lhe o mesmo fim que havia imposto ao pai
dele: No futuro, seria derrotado e destronado por um dos seus próprios filhos.
Aterrorizado, Cromos passou a devorar sua prole conforme ela ia nascendo, o
que obrigou sua esposa a tomar uma atitude desesperada para salvar pelo
menos um de seus filhos.
O escolhido foi Zeus(Júpiter), que oculto e protegido numa gruta da Ilha de
Creta, pôde crescer forte e nutrido pelo abundante leite de Aix, cabra divina.
Ainda bebê, o pequeno Zeus, dando uma primeira mostra do imenso poder
divino que viria a ter, arrancou um dos chifres de sua nutriz, criando a
Cornucópia, instrumento com o dom de fazer brotar de seu interior inifinita
quantidade daquilo que se desejasse.
Quando finalmente Zeus se sentiu seguro de todo o seu poder divino, saiu do
esconderijo criado pela mãe para enfrentar o pai. Em princípio, com uma
porção miraculosa dada pela sua primeira amante a Deusa Métis(Prudência),
Zeus fez com que Cronos vomitasse inteiros seus irmãos devorados.
Certo dia, fatigado de sua perene e inquestionável soberania, Zeus decidiu
enviar o Deus Prometeu a terra com a missão de criar um novo e curioso ser.
O emisário, filho da ninfa aquática Ásia e de um Titã derrotado por Zeus,
resolveu vingar a descendência paterna por meio da tarefa que lhe fora
conferida. Com esse objetivo, moldou o barro e deu origem aos homens,
criaturas que apesar de mortais, eram iguais aos deuses, algo muito mais
surpreendente do que Zeus imaginava.
Carnavalesco: Nelson Costa