NOTÍCIAS / Tudo sobre Samba

  • Novembro é o mês da Cor. Diversos eventos fazem uma celebração à vida e ao orgulho das origens africanas em pleno vapor

    Lucia Mello em 07 de Novembro de 2014

    Zózimo Bulbul – Uma Alma Carioca
    Uma celebração à vida e ao orgulho da origem Africana. No Centro Cultural Justiça Federal.
    De 18 de novembro a 18 de janeiro.
    Exposição com diversas fotos e exibição de filmes de Zózimo Bulbul – Uma Alma Carioca. Nas galerias do 2° andar, com fotografia de Ierê Ferreira, Vantoen Pereira Jr, Januário Garcia, Zezinho Andraddy, Luiz Paulo Lima e José Medeiros (in memoriam).
    O projeto ocupará todo o segundo andar, em cinco salas, em torno de 294m² de pura arte e alegria de Zózimo Bulbul, com mais de 30 fotos em preto e branco e coloridas, reproduzidas em diversos tamanhos, que variam como de uma parede de 3m por 5m, até pequenos formatos como de 21cm por 29cm. A sala principal será um set de filmagens, onde serão exibidos em torno de 12 filmes entre curtas, médias e longas, dirigidos por Zózimo nas muitas fases do cineasta.
    A mostra é uma grande homenagem à figura emblemática de Zózimo Bulbul, um dos maiores representantes da cultura negra. A proposta dessa exposição é a ocupação de espaço: espaço artístico, político, racial, social / espaço de denúncia /espaço de superação. Com curadoria Biza Vianna - Produção e divulgação da Equipe do Afro Carioca de Cinema. Acervo Fotográfico de Vantoen Pereira Jr, Centro Afro Carioca de Cinema e Academia Brasileira da Cachaça.
    A exposição é separada em quatro etapas: Família - Juventude/sucesso - O Sonho / Cinema - Dificuldades / Transformações e Centro Afro Carioca de Cinema. A mostra tem a cidade do Rio de Janeiro, sempre como fundo: de Quintino a Botafogo e Ipanema, da Lapa à Praça Tiradentes e à Cinelândia. As fases são representadas desde a formação em internato ao sucesso/ao glamour/a possibilidade dos sonhos. Uma interferência constante: o racismo/a dissimulação do racismo brasileiro. Ideais de transformação: SONHOS, CINEMA, VIAGENS. Rio, São Paulo, Paris, Nova York, Burkina Faso. ENFRENTAMENTO, SUPERAÇÕES E REALIZAÇÕES. Centro Afro Carioca de Cinema/Encontros de Cinema Negro Brasil, África e Caribe. A grande conquista, o grande legado. Na maturidade, torna-se referência para as novas gerações. Sua grande realização: A PONTE COM O CONTINENTE AFRICANO ATRAVÉS DO CINEMA. Trazer para o Brasil o que viveu fora, o cinema africano e seus cineastas como símbolo, como transmissão da cultura que sempre valorizou.

    Em tempo: Zózimo acreditava no poder transformador do cinema, que para ele era capaz de mudar a concepção de um país. O cineasta realizou um grande trabalho de aproximação com o cinema de países africanos e incentivou o cinema realizado por cineastas afrobrasileiros, africanos e da Diáspora, fortalecendo uma ponte de parceria com o continente africano, ou seja, deixou um legado imensurável, através dos seus olhos e ideais.

    Local – Centro Cultural Justiça Federal
    Avenida Rio Branco, 241, Cinelândia/RJ
    Abre dia 18, às 18h
    Acontece do dia 18 (terça) de novembro de 2014, a 18 (domingo), de janeiro de 2015
    De terça a domingo, das 12h ás 19h
    Telefone: 3261 2550
    Entrada Gratuita


    O CADON Lança a 3ª edição do Prêmio Nacional de Expressões
    Culturais Afro-brasileiras, sob o Patrocínio da Petrobras
    As inscrições para a 3ª edição do Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-brasileiras
    foram prorrogadas até o dia 17/11/2014. A proposta é contemplar 20 projetos,
    selecionados nas cinco regiões do Brasil, totalizando um investimento de 1 milhão e 400
    mil.
    Poderão se inscrever pessoas jurídicas, de natureza cultural, com ou sem fins lucrativos e
    que trabalhem de forma sistemática com as expressões culturais afro-brasileiras, nos
    segmentos de:
     Teatro
     Dança
     Música
     Artes visuais
    Além do prêmio em dinheiro, para a realização do projeto inscrito, o participante
    selecionado receberá um troféu, em cerimônia realizada especialmente para este fim, no
    teatro Rival BR, localizado no Rio de Janeiro/RJ. Os finalistas também terão seus nomes
    publicados no site do Prêmio e impressos em um vistoso catálogo com os trabalhos
    vencedores de todas as categorias, no intuito de promover a visibilidade dos participantes.
    Foi na Capital Federal, em 2010, que o CADON - Centro de Apoio ao Desenvolvimento
    Osvaldo dos Santos Neves realizou a primeira edição do Prêmio Nacional de Expressões
    Culturais Afro-brasileiras, em parceria com a Fundação Cultural Palmares e patrocínio da
    Petrobras. Essa parceria tem dado tão certo que, mais uma vez, usam essa sinergia para
    lançar a 3ª edição do, carinhosamente chamado, “Prêmio Afro”.
    Nas duas primeiras realizações do projeto foram contemplados os segmentos de Teatro,
    Dança e Artes Visuais. Atendendo a uma crescente demanda, o Prêmio de 2014 chega com
    uma nova modalidade: Música.
    Há algum tempo, compositores de gêneros musicais que emergiram ou foram influenciados
    pela cultura africana e de seus descendentes, como o samba, o maracatu, o ijexá, o coco, o
    jongo, o maculelê, o maxixe, a lambada, o carimbó, entre outros, clamam pela inclusão deste
    segmento no edital, que desta vez não ficou de fora.
    O Prêmio é uma realização do CADON, entidade sem m fins lucrativos, que há 16 anos
    desenvolve projetos com foco na difusão da cultura afro-brasileira e eliminação da
    discriminação racial, o que a torna uma referência neste segmento.
    A Fundação Cultural Palmares, órgão vinculado ao Ministério da Cultura, apóia esta
    iniciativa desde sua elaboração, em 2007. Para a Fundação, o Prêmio é a concretização do
    comprometimento com os artistas que defendem o valor da cultura negra nos palcos, nas
    ruas, nas galerias, nas telas de TV e do cinema, nos livros e no imaginário brasileiro e
    destaca o importante papel da Petrobras no processo de valorização da arte africana no país.
    O Prêmio carrega o título de ser o primeiro edital voltado à cultura afro-brasileira,
    financiado por uma empresa estatal essencialmente brasileira, com o compromisso de
    viabilizar a diversidade étnica e cultural do país.Para escolher os premiados a direção define uma comissão julgadora formada por
    especialistas de várias partes do Brasil, cuja missão é avaliar os projetos, de acordo com suas
    peculiaridades regionais e critérios definidos em edital, e escolher os melhores de cada
    região do país.
    Em 2010 o site do Prêmio Afro apresentou 33.492 visualizações, com visitantes do Brasil,
    Alemanha, Itália, Argentina, Japão e França. As duas edições realiza
    das somam mais de 1.400 inscrições. A meta para 2014 é dobrar os números e atingir os 5.570 municípios do
    Brasil.
    É importante relatar que este projeto tem um caráter transformador. Foi a partir de
    entrevistas realizadas com vários premiados, que o alcance das realizações anteriores foi
    dimensionado.
    O fotógrafo Emerson Silva, de Palmas/Tocantins, ganhador de duas edições, por exemplo,
    relatou que: (...) foi o Prêmio Afro que me deu visibilidade suficiente para me tornar uma
    referência na área e até chegar ao ponto de ser lembrado para uma exposição na ONU, em
    Genebra. Minha carreira se divide em antes e depois do Prêmio. Hoje sou autor do 1º
    fotolivro do Estado, produzido através do Prêmio Afro. (...) O Prêmio me fortaleceu como
    profissional e me levou a conquistar o reconhecimento em fotografia de comunidades
    quilombolas do Estado.
    Já para Marcos Moraes, do Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, vencedor nas duas
    primeiras edições de Artes visuais, disse que “A exposição “Mestres do Coco
    Pernambucano’’ nasceu como foto, subiu ao palco como show e agora chega às telas do
    cinema, possibilitado pelo Prêmio Afro.”
    E foi, também, a partir da premiação que a tradição da Associação Cultural e Religiosa
    Maçambique de Osório passou a ser mais notória como relatado por Lucas Luz, de Porto
    Alegre, premiado com o projeto “Ó que Rua tão Comprida”, na edição 2011. Segundo Lucas
    “Foi uma conquista para a congada, que no mesmo ano foi convidada, pela primeira vez, a
    participar da Festa Nacional de São Benedito, em Aparecida/SP, maior encontro de
    congadas do Brasil. E muitos outros trabalhos e conquistas surgiram na vida desse
    profissional, a partir de sua participação no Edital.
    Portanto, para uns o valor do prêmio oferecido, através desse Edital, pode ser considerado
    pouco, mas para outros é um valor que transforma vidas e carreiras.
    “É uma honra e uma responsabilidade enorme para Cadon manter a realização do Prêmio.
    Esta ação faz parte da nossa missão de apoiar o desenvolvimento de organizações,
    comunidades e pessoas afro-brasileiras”, declara Ruth Pinheiro, presidente da Instituição.
    Ela explica que o projeto fortalece práticas, expressões, conhecimentos e instrumentos
    associados aos grupos étnicos afrodescendentes.
    A história de realização do prêmio começou na cidade de Todos os Santos, na Bahia, em
    2006, quando o II Fórum Nacional de Performance Negra, abordou a necessidade de
    políticas para a valorização dos artistas afro-brasileiros. Durante o Fórum, o assunto
    recorrente era a carência de editais públicos e de linhas de financiamentos, direcionadas
    exclusivamente para o desenvolvimento de artistas, grupos e companhiaas. Então, na tentativa
    de reverter este quadro, criou-se o Prêmio Nacional de Expressões Afro-brasileiras, que
    agora vem a público lançar a edição 2014.
    Outras informações você encontrará no site http://www.premioafro.org/Blog: https://www.facebook.com/premioafro
    1.400 inscrições. A meta para 2014 é dobrar os números e atingir os 5.570 municípios



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