NOTÍCIAS / Tudo sobre Samba

• Nota 10 na bateria e no colégio

  Lucia Mello em 18 de Fevereiro de 2011
  
  
  

  Swing da Leopoldina valoriza jovens e estimula boas notas nos estudos
  Segunda-feira, durante o ensaio de bateria da Imperatriz, Mestre Marcone observa atentamente o desempenho de uma nova integrante do chocalho. Após dar todos os avisos aos ritmistas, o Mestre quer saber se a menina de apenas 13 anos de idade passou de ano na escola. Muito sincera, ela diz que repetiu em cinco matérias. Preocupado, Mestre Marcone aprova a jovem no teste para desfilar, mas pede para conversar com os pais sobre a situação dela no colégio. "Gente, isso é muito sério, a menina toca muito bem, mas não adianta ser nota 10 na bateria e não ir bem nos estudos", ressalta Mestre Marcone.
  Para Diego Carbonell, de 20 anos, dividir estudo e bateria não é fácil. “O importante é, caso precise faltar na escola, buscar as matérias e compensar estudando em casa, porque de fato, ainda mais por estudar a noite, coincide de ter ensaio no mesmo horário de aula”, comenta o ritmista que cursa o 3º ano no 2º grau e começou a tocar tamborim na Imperatriz com 16 anos.
  Juventude é realmente uma característica marcante da bateria da Imperatriz atualmente. “90% dos nossos ritmistas têm entre 15 e 22 anos, a maioria moradores do Complexo do Alemão e adjacências. Dessa forma, damos oportunidade à garotada de mostrar seu talento musical e trabalhar em equipe buscando um objetivo em comum”, diz Mestre Marcone, que fez seu primeiro desfile na Imperatriz aos 6 anos e entrou para bateria aos 12 anos.
  “Quando eu assumi a Swing da Leopoldina fiz um trabalho de renovação dentro da bateria e dei chance a muitos garotos que queriam aprender a tocar um instrumento e desfilar na Imperatriz. Hoje alguns deles inclusive fazem parte da minha diretoria e é gratificante trabalhar ao lado deles” afirma o Mestre.

  Foto: Marcone entre Larissa e Darlan, dois jovens talentos da bateria da Imperatriz