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  • Mestre Odilon relança livro sobre baterias

    Lucia Mello em 03 de Fevereiro de 2012

    Há anos esgotado no catálogo das livrarias brasileiras, o livro O Batuque Carioca, escrito por Guilherme Gonçalves e pelo Mestre Odilon Costa, está de volta. Lançado originalmente em 2000, o livro é até hoje o primeiro e único registro das peculiaridades rítmicas e harmônicas de cada uma das baterias das grandes escolas de samba do Rio de Janeiro.
    Escrito tanto para especialistas quanto para aqueles que querem conhecer melhor a história das Escolas de Samba, a publicação apresenta todos os instrumentos que compõem a bateria das agremiações, incluindo função, história e a forma de tocá-los.
    Em uma época em que as baterias estão cada vez mais aceleradas e parecidas musicalmente, transmitir sua tradição e suas singularidades é um trabalho de valor inestimável.
    A reedição do livro O Batuque Carioca resgata a memória musical das baterias, alma do samba e do carnaval. O livro assume o papel fundamental de preservar a história do estilo, organizando formalmente o modo de tocar das escolas, que sobrevive e evolui ha quase um século graças à transmissão oral e visual.
    Sempre pulsando no compasso binário, a bateria das Escolas de Samba é uma orquestra de aproximadamente 300 integrantes, formada exclusivamente por instrumentos de percussão. Cada Escola tem seu estilo particular. A Mangueira, por exemplo, é a única a não utilizar o surdo de resposta. O Império Serrano foi o primeiro a apresentar os integrantes da bateria fantasiados. A Mocidade, do legendário Mestre André, inventou as paradinhas. E por aí vai.

    Autores:
    Mestre Odilon da Costa - Nascido no Rio de Janeiro, começou sua carreira artística aos 11 anos de idade na Escola de Samba União da Ilha, da qual, mais tarde, se tornaria Mestre de Bateria. É um dos mais conceituados dirigentes de bateria do Brasil. Em mais de 40 anos dedicados ao samba carioca, foi também Mestre de Bateria do Salgueiro, da Beija-Flor e da Grande Rio, onde conquistou o Estandarte de Ouro duas vezes, em 1999 e 2005. Como músico, criou o grupo "Os 20 de Ouro do Mestre Odilon" e participou de gravações de diversos artistas, entre eles Caetano Veloso, Dionne Warwick e Sergio Mendes.

    Guilherme Gonçalves - Nascido no Rio de Janeiro, formou-se na Berklee College of Music em Boston, EUA. Como baterista, tocou em diversos grupos musicais, entre os quais a Orquestra Tabajara e a Rio Jazz Orchestra, e ainda com artistas como Leo Jaime e Bibi Ferreira. Desde 1986 é professor de percussão da Escola de Música Villa Lobos. Na área educacional, tem ministrado cursos e oficinas em diversas cidades do Brasil. É diretor musical da GRIP - Grupo Rio de Percussão, e co-autor do método O ritmo pelas subdivisões. Hoje, além de professor, é mestre da bateria e diretor do bloco de carnaval Escangalha e diretor do Rio Carioca, bloco comandado por Mestre Odilon, que sai em Laranjeiras e reúne ritmistas de diversas escolas de samba.

    DEPOIMENTOS

    "Do samba - o mais cariocas dos ritmos - e, sobretudo, de seu componente primordial, a percussão, é que Guilherme Gonçalves e Odilon Costa fazem neste livro o registro exato e duradouro da tradição; trabalho pioneiro de amor, ciência e arte para preservação da cultura carioca e brasileira."

    ALEXEI BUENO, poeta e ex-diretor do INEPAC - Instituto Estadual do Patrimônio Histórico

    "Como diria o nosso saudoso estadista Getúlio Vargas, só merece louvores a iniciativa dos mestres Guilherme e Odilon, de realizarem algo inédito. E o fizeram muito bem, com riqueza de detalhes, mostrando as características individuais de cada bateria e como elas tocam.

    Tomara que este método venha a ser adotado por todos os mestres, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Muito obrigado e que meu Pai lhes abençoe."

    WILSON DAS NEVES, baterista e compositor

    "Esse livro ensina, por música, como tocar o samba que as escolas tocam e, melhor, com exemplos e dicas extraídas da execução de seus próprios músicos. Quer dizer, informações de fonte seguras. Se os gatos já não tivessem todos se transformados em peles de tamborins, eu diria que esse livro nos dá grandes, imensos, "pulos dos gatos" em matéria de batucada de samba.
     
     



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