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  • Mestre Ciça será enredo do Bloco Carnavalesco Muvuca do São Carlos

    Lucia Mello em 04 de Janeiro de 2010

    ‘Nos dez anos de sucesso, o Muvuca vem mostrar, Mestre Ciça o fenômeno, juntos vamos celebrar!
    O Bloco Carnavalesco Muvuca do São Carlos homenageará o Mestre de Bateria Ciça no carnaval 2010. 
     O tema do enredo será ‘Nos dez anos de sucesso, o Muvuca vem mostrar, Mestre Ciça o fenômeno, juntos vamos celebrar!’. 
    Os interessados em participar da disputa de samba-enredo deverão entrar em contato através do e-mail muvucadosaocarlos@globo.com, pelo orkut, twitter ou através do telefone 9207-0176 (falar com Simone). 
    A apresentação dos sambas-concorrentes está marcada para o dia 09/01 às 18 horas na sede do bloco, situada à Rua São Carlos, 125 - Estácio.
    Confira abaixo a sinopse do Muvuca:
     Nos Dez anos de sucesso, o Muvuca vem mostrar, Mestre Ciça o fenômeno, juntos vamos celebrar!
    Riqueza em criações e genuinidades são palavras que não faltam no caldeirão cultual do bairro do Estácio de Sá, Berço do Samba. Deste caldeirão surgiram referências que mudaram o curso do panorama cultural e das festas populares do nosso país.  Exaltar estes mestres é o foco principal do trabalho do Bloco Muvuca, que além de propor o entretenimento à comunidade tem o ideal pautado em massificar o saber, e dar o devido mérito “AOS FILHOS DO BERÇO”. Partindo deste pressuposto, em dez anos de carnaval mestres como Zeca da Cuíca, Luiz Melodia, Dominguinhos do Estácio, Gonzaguinha, Aldir Blanc, Bide & Marçal e assuntos que despertaram o orgulho e interesse da comunidade como: “De Deixa Falar à Estácio de Sá”, “Exaltação ao Carnaval de rua do Estácio” e  “300 anos - de Santos Rodrigues à São Carlos. Como começou essa Muvuca?”, fizeram parte do cardápio cultural de enredos do bloco.  
    No ano de 2010, ano que o bloco Muvuca completará 10 anos de existência, nada mais acertado que o enredo seja um bamba nota 10.
    Pois é.... Foi em 20 de julho de 1956 que chegou ao mundo Moacyr da Silva Pinto. Ter nacido em São Cristovão é só um pequeno detalhe, pois com um ano de idade mudou-se para o Estácio, Berço do Samba, lugar de bambas. Cresceu admirando e vivenciando as paixões pelo samba, paixões estas alimentadas dentro da própria família, entre os irmãos que também tinham a chama do “Velho Estácio” e de seus mestres acesas em seus corações.
    Observador, o moleque Ciça alimentou a vontade necessária para ser um desses caras... Aliás, o sonho de cada moleque do Estácio é ter os mestres como espelhos na arte de cantar, tocar, sambar e trazem consigo o desejo de bater no peito e dizer \"Sou do Estácio, sou do Berço do Samba\".  Assim, o jovem Ciça e o homem Moacyr, deram lugar ao showman Ciça Nota 10!
    Ciça começou pela dança. Ele e Luzia eram os responsáveis pelo pavilhão de um bloco da Cidade Nova chamado Unidos do Larguinho.  Também desfilou como passista da Unidos de São Carlos, mas seu olhos brilhavam pelo coração da escola, a bateria. Participando da Unidos de São Carlos teve a oportunidade de ver grandes mestres como Hélio Macadami em atuação e “de ouvido” aprendeu a tocar surdo de segunda. Assim, garantiu sua vaga como ritmista nesta posição por seis anos. Inevitavelmente, o perfil de participante apaixonado foi aos poucos dando lugar ao Mestre.
    Inicialmente exercia a profissão de mecânico, mas a paixão e a criatividade foram dando a dica peculiar dos grandes nomes do Berço do Samba, e o rumo profissional, mesmo que de forma despretensiosa, mudou de foco.
    Em 1988, após um mal estar, Hélio Macadami fez um pedido a Ciça para que comandasse os ritimitas na Sapucaí. Ciça deu show! Por dez anos (1988-1997) honrou a confiança de Macadami mantendo-se à frente da Bateria da Estácio de Sá e acrescentando a cada ano algo mais na desenvoltura da bateria. O que era bom foi ficando melhor. Inovar sem macular as bases. Essa era a meta. 
    Em 1998, por um ano, foi diretor de Bateria da Unidos da Tijuca. Ano em que a escola homenageou o seu time de coração: o Vasco da Gama.  Logo em 1999, transferiu-se para Unidos de Viradouro onde permaneceu até o ano 2009, sempre galgando a nota máxima em seu quesito.
    Mesmo sendo profissional fundamental e dedicado nas grandes escolas de samba por onde atuou, uma paixão nunca morreu: É Estaciano de coração! Quando o “Leão” aponta no setor 1, o Mestre sai de cena e dá lugar ao apaixonado. Paixão que faz os olhos brilharem. 
    Durante os 21 anos de atuação como diretor de bateria, Mestre Ciça tornou-se referência em inovações e o resultado de seu trabalho é esperado de forma ansiosa por críticos no assunto e pelo público amante do carnaval. A plateia não arreda o pé da Sapucaí sem testemunhar o show que ele prepara todos os anos.  “Passar reto” na avenida, por mais que ele queira, está uma tarefa cada vez mais difícil e distante. Com mania de perfeição, ele acaba andando no “fio da navalha” (e gosta disso!) quando leva aos seus ritimistas propostas jamais imaginadas para uma bateria.   Mestre Ciça, consegue reunir a tradição dos toques de caixas de guerra do Estácio com inovações que podem fazem toda uma bateria abaixar, levantar instrumentos, subir em carros alegóricos em plena Marquês de Sapucaí. Seu nome sem dúvida está ligado ao showbussines do carnaval brasileiro.
    De postura discreta e quase avessa ao estrelismo, fala pouco e pensa muito. Sua inspiração pode brotar de uma conversa, de uma paisagem, de um simples gesto.... Coisa de Mestre mesmo!
    Ciça faz questão de manter os pés no chão. Ressalta sempre o respeito aos membros da bateria e salienta que o sucesso e o resultado positivo de seu trabalho dependem unicamente de que “ a sua rapaziada”, como faz questão de frisar, sinta-se feliz, respeitada  e estimulada com o trabalho proposto. Assim cativa legião de seguidores.  No ano de 2010, Mestre Ciça estará à frente da bateria da Grande Rio, e será mais uma oportunidade que o ilustre “filho do berço” terá para demonstrar a potencialidade e paixão com que exerce o seu ofício.  
    O resultado final? Está na cara do público, na alegria da escola e no envelope com as notas 10,10,10 e 10.  

    Por: Divulgação

     



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