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  • Mangueira realiza Grande Final para escolha do seu Samba-Enredo 2026

    Redação em 25 de Setembro de 2025

    Parcerias de Pedro Terra, Alexandre Naval, Verônica dos Tambores e Francisco de Lino disputam no próximo sábado (27/9) a chance de representar com seus sambas a Verde e Rosa no próximo Carnaval

    Show inédito “Mangueira porta-voz da cultura popular” vai resgatar momentos e homenagens importantes para a agremiação e promete emocionar o público

    RIO DE JANEIRO - A Estação Primeira de Mangueira chega no próximo sábado (27/9) à etapa final das eliminatórias de samba-enredo para seu Carnaval 2026. A partir das 22h, no Palácio do Samba, os sambistas vão poder conferir o show inédito “Mangueira porta-voz da cultura popular” e, em seguida, a disputa que vai determinar qual será o Hino da agremiação na Marquês de Sapucaí.

    “Estamos encerrando esta etapa do nosso Carnaval com muito orgulho e satisfação”, avalia a presidente da Mangueira, Guanayra Firmino. “Começamos lá no Amapá, ao lado do Rio Amazonas. E vamos terminar com o abraço da nossa comunidade, que está feliz com a safra de sambas que recebemos e com as excelentes possibilidades para nosso desfile”, conclui.

    O show inédito “Mangueira, a cara do povo” vai mostrar de que maneira a Verde e Rosa homenageia personagens importantes do Brasil. “Esse ano, falamos de Mestre Sacaca”, lembra Fábio Batista, diretor artístico da Mangueira. “Mas temos uma tradição de falar da trajetória de personalidades importantes da nossa cultura, abordando também as regionalidades”, avalia.

    Cada parceria terá 25 minutos para se apresentar no próximo sábado. Nos dez, a Bateria e Palco param para ouvir a quadra. Teremos uma passada ouvindo a quadra. Bateria e Palco retornam até completar 25 minutos.

    A Verde e Rosa recebeu no total 22 sambas neste ano, sendo seis do Amapá, onde uma delegação da escola esteve presente para escolher os finalistas do estado, e 16 no Rio de Janeiro. Dois deles estão presentes na final.

    A Estação Primeira de Mangueira levará para a Marquês de Sapucaí no Carnaval de 2026 o enredo “Mestre Sacaca do Encanto Tucuju - O Guardião da Amazônia Negra”, que mergulha na história afro-indígena do extremo Norte do país a partir das vivências de Mestre Sacaca. O enredo é assinado pelo carnavalesco da agremiação Sidnei França. E dá início ao triênio do centenário da agremiação.

    Os ingressos antecipados podem ser adquiridos através do Sympla e na bilheteria da quadra no dia do evento.

    ORDEM DE APRESENTAÇÃO

    1° SAMBA 11

    COMPOSITORES: Alexandre Naval, Wendel Uchoa, Ronie Machado,

    Giovani, Marquinho M. Moraes e Ailson Picanço.

    2° SAMBA 15

    COMPOSITORES: Pedro Terra, Tomaz Miranda, Joãozinho Gomes, Paulo César Feital, Herval Neto e Igor Leal.

    3° SAMBA 105

    COMPOSITORES: Francisco Lino, Hickaro Silva, Camila Lopes, Silmara Lobato e Bruno Costa.

    4° SAMBA 103

    COMPOSITORES: Veronica dos Tambores, Piedade Videira, Laura do Marabaixo, Antônio Neto, Clovis Junior e Marcelo Zona Sul.

    Serviço:

    Final das Eliminatórias de Samba-Enredo da Mangueira

    Data: 27/09

    Horário: 22h

    Ingressos antecipados à venda no Sympla.

    Letras dos sambas-enredo:

    SAMBA nº103

    Compositores: Verônica dos Tambores, Piedade Videira, Laura do Marabaixo, Antonio

    Neto, Clóvis Júnior, Marcelo Zona Sul

    Intérpretes: Verônica dos Tambores, Nina Rosa, Juan Briggs

    Sacaca escutei uma voz

    Era você, no meio de nós

    Eu sou mangueira, na magia da floresta

    A sabedoria que respeita a terra

    O vento sopra o transe do pajé

    Rompe a meia-noite, é ritual turé

    Fumaça de tawari, o xamã babalaô

    Num gole de kaxixi encantos revelou

    Maré me leva nas águas do curipi

    De quem sempre esteve aqui, waiãpis e caripunas

    Pelo jari, esperança em cada olhar

    Ribeirinho nunca deixa de sonhar

    Entre os furos e buritis

    Risca o amapazeiro, põe a seiva na cachaça

    Cura o corpo, curandeiro, benzedeira cura a alma!

    Preto velho "engarrafou" riquezas naturais

    "caboco" não se esqueça dos saberes ancestrais!

    Bebericando gengibirra com o mestre

    "mar abaixo" "mar acima", a gente segue

    Saia florida,"sá dona", no curiaú

    A fé "encruza" no "em canto" tucujú

    "é de manhã, é de madrugada"

    "é de manhã, é de madrugada"

    Couro de sucuriju no batuque envolvente

    Quilombola da amazônia jamais se rende!

    Eu vi... Em cada oração o corpo arrepiar

    Bandeiras vibrando à luz do luar

    Tambores se encontram cantando em louvor

    Senti os sabores, aromas e cores

    Nas mãos que moldam nossos valores

    "meu preto", da mata és o griô!

    Ajuremou, deixa ajuremar

    O samba é verde e rosa e guia meu caminhar

    Ajuremou, deixa ajuremar

    Cuidado, chegou mangueira, na ginga do Amapá

    SAMBA nº105

    Compositores: Francisco Lino, Hickaro Silva, Camila Lopes, Silmara Lobato, Bruno

    Costa

    Intérpretes: Bruno Costa, Silmara Lobato, Marcelo Stuart, Emerson Luise

    Turé...

    Quem invocou o ritual?

    Eu trago a força ancestral Do Povo da floresta

    Banzeiro de memórias

    Navegam as histórias

    Onde meu país começa

    Remei, Remei a maré me levou

    Pra revelar o que não vês a olho nu

    Todo encanto Tucuju

    Tem mandinga verde-rosa

    Na Estação Primeira

    Mangueira vem sambar

    Benzi tua bandeira

    Nesse "Rio" caudaloso de fé

    Desce o morro banhada de axé

    Contra todo o mal tem garrafada

    Ervas e Flores pra dores curar

    Tiro quebranto nas mãos sagradas

    Lição de Preto Velho, Saravá!

    Xamã, Doutor, Guardião, Babalaô

    Saberes vibrando no tambor

    Tem Marabaixo no "Encontro" ao luar...

    Encantado folião na passarela

    Coroado Rei do Laguinho à Favela

    Mangueira chamou: "Sacaca!"

    Minha voz ecoou na mata!

    O meio do mundo é a nossa aldeia

    Incorporou! A Amazônia é negra!

    SAMBA nº11

    Compositores: Alexandre Naval, Wendel Uchoa, Ronie Machado,

    Giovani, Marquinho M. Moraes e Ailson Picanço

    Ao ecoar o som do maracá

    Meu jequitibá é ritual de fé

    Awê Turé! Awê Turé!

    A flauta anuncia o transe do pajé

    Karipuna já dançou Wajãpi no chão bradou

    Tawari anuviou sereno

    Mestre Sacaca é ensinamento

    Na beira do rio Guardou o balanço da maré

    Na pororoca carregado de axé

    Sobe o Jari, seu moço ... Ê canoeiro!

    Se não corre em furo d'água

    Não se mete com banzeiro

    Na palafita amparada de palmeiras

    Deixa um presente à Estação Primeira

    Folha seca pra benzer na moleira

    Faz a reza Tucuju Se manifesta pra criança se curar

    Ê sumano vá buscar Garrafada pra menina

    Na fervura sete dias ... sete noites ao luar!

    Foi na encruzilhada que se formou

    No encontro dos igarapés

    Quilombo vivo assentado em nossos pés

    Sob a raiz do Amapá

    Giram matriarcas puxando o vento

    Pro divino anunciar Macacaueiro em pele de sucuriju

    No tronco oco ressoou o meu tambor!

    Canta! No terreiro oração se dança!

    No toque de caixa ligeiro

    A bandaia se faz entender Samba!

    No Laguinho, rei sentinela

    Com os crias da favela

    A floresta vai vencer!

    Xamã Babalaô! Guardião do meu Ilê!

    Rompe mato e faz tremer aldeia

    Caboclo Preto Velho Verde e Rosa é meu sagrado

    Toca o Marabaixo, Mangueira!

    SAMBA nº15

    Compositores: Pedro Terra, Tomaz Miranda, Joãozinho Gomes, Paulo

    César Feital, Herval Neto, Igor Leal

    Finquei minha raiz

    No extremo norte onde começa o meu país

    As folhas secas me guiaram ao turé

    Pintada em verde-e-rosa, jenipapo e urucum

    Árvore-mulher, mangueira quase centenária

    Uma nação incorporada

    Herdeira quilombola, descendente palikur

    Regateando o amazonas no transe do caxixi

    Corre água, jorra a vida do oiapoque ao jari

    Çai erê, babalaô, mestre sacaca

    Te invoco do meio do mundo pra dentro da mata

    Salve o curandeiro, doutor da floresta

    Preto velho, saravá

    Macera folha, casca e erva

    Engarrafa a cura, vem alumiar

    Defuma folha, casca e erva... Saravá

    Negro na marcação do marabaixo

    Firma o corpo no compasso

    Com ladrões e ladainhas que ecoam dos porões

    Ergo e consagro o meu manto

    Às bençãos do espírito santo e são josé de macapá

    Sou gira, batuque e dançadeira (areia)

    A mão de couro do amassador (areia)

    Encantaria de benzedeira que a amazônia negra eternizou

    No barro, fruto e madeira, história viva de pé

    Quilombo, favela e aldeia na fé

    De yá, benedita de oliveira, mãe do morro de mangueira

    Ouça o canto do uirapuru

    Yá, benedita de oliveira, benze o morro de mangueira

    E abençoe o jeito tucuju

    A magia do meu tambor te encantou no jequitibá

    Chamei o povo daqui, juntei o povo de lá

    Na estação primeira do amapá

    Sobre a Estação Primeira de Mangueira:

    O Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira (ou simplesmente Estação Primeira de Mangueira) é uma tradicional escola de samba brasileira da cidade do Rio de Janeiro conhecida e admirada em todo o planeta. A agremiação, que tem nas suas cores (verde e rosa) uma de suas marcas registradas, acumula 97 anos de glórias e de histórias e é uma das mais importantes instituições culturais do Brasil. Seus símbolos, o surdo, a coroa, os ramos de louros e as estrelas podem ser vistos na bandeira da escola. Tornou-se um celeiro de bambas que despontou e inspirou lindas obras decantadas em todo o mundo. Foi fundada em 1928, no Morro da Mangueira, pelos sambistas Carlos Cachaça, Cartola, Zé Espinguela, Tia Fé, Tia Tomásia, entre outros. Sua quadra está sediada no bairro do mesmo nome. Detém vinte títulos do carnaval. Atualmente, é presidida por Guanayra Firmino, primeira mulher eleita presidente da Mangueira. (https://mangueira.com.br/)




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