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  • Mangueira divulga sinopse do Enredo para o Carnaval 2026

    Redação em 03 de Junho de 2025

    Agremiação vai levar para a Marquês de Sapucaí o enredo “Mestre

    Sacaca do Encanto Tucuju – O Guardião da Amazônia Negra”,

    enaltecendo as tradições afro-indígenas do Norte brasileiro por meio

    de um dos seus mais célebres personagens

    RIO DE JANEIRO - A Estação Primeira de Mangueira divulgou nesta

    terça-feira (3/6) a sinopse de seu enredo para o Carnaval 2026. Com o

    título “Mestre Sacaca do Encanto Tucuju – O Guardião da Amazônia

    Negra”, a Mangueira levará para Marquês de Sapucaí no próximo ano

    a história e a trajetória do curandeiro, folião, marabaixeiro e defensor

    dos povos da floresta, o amapaense Raimundo dos Santos Souza. A

    leitura e entrega da sinopse foi realizada pelo carnavalesco Sidnei

    França, responsável pela sua idealização, com pesquisa de Sidnei

    França, Felipe Tinoco e Sthefanye Paz. A íntegra do texto (com

    argumento e glossário inclusos) está disponível abaixo e no site

    www.mangueira.com.br.

    Com a entrega da sinopse, começa o processo da escolha do próximo

    Samba-Enredo da Verde e Rosa, que termina com a Final em 27/9.

    Confira abaixo a íntegra da sinopse, o calendário completo e a lista de

    orientações, que também estão disponíveis nas redes sociais da

    agremiação.

    “O enredo da Mangueira extrai sua força das populações tradicionais,

    reconhecendo e valorizando a sabedoria ancestral de uma de suas

    figuras mais proeminentes, que personifica o espírito da Amazônia

    Negra”, analisa o carnavalesco Sidnei França.

    Confira abaixo o texto completo da sinopse.

    Não há morte pra quem sonha

    Vai o homem fica a lida

    Enfincada na memória

    Dos guerreiros da alforria

    Êta negro moleque

    Varou pelas matas

    Conheceu as ervas e seus extratos

    No toque da caixa dançou marabaixo

    Foi momo, o rei desse carnaval

    Êta negro da estrela qual Zumbi

    É a luz do folclore do Amapá

    É de zimba, batuque e sairé

    É o nosso Xamã Babalaô

    Saravá!

    “Xamã Babalaô”, música de Enrico Di Miceli e Ricardo Iguarany


    APRESENTAÇÃO

    Seguindo a missão de exaltar as brasilidades em verde e rosa,

    a Estação Primeira de Mangueira apresenta o enredo “Mestre

    Sacaca do Encanto Tucuju – O Guardião da Amazônia Negra”,

    enaltecendo as tradições afro-indígenas do Norte brasileiro

    por meio de um dos seus mais célebres personagens.

    Nessa épica saga amazônica, é momento da celebração do

    Turé – ritual de agradecimento a seres de Outro Mundo.

    Invocado por sua plenitude e em estado de encantamento,

    Mestre Sacaca se manifesta espiritualmente para nos mostrar,

    como em delírio catártico, sua gente, seu lugar, seus mistérios

    e saberes. Eis a presença viva e vital do nosso Xamã Babalaô!

    Tomada pela magia das matas, a Estação Primeira adentra a

    floresta e apresenta o fascínio de quem leu, rezou e benzeu

    as suas folhas, cascas, frutas e sementes. Curandeiro, folião,

    marabaixeiro e defensor dos povos da floresta, esse ser

    revive os seus caminhos de aprendizado e valorização da

    identidade amapaense. Em glória, nosso herói reside na alma

    do povo tucuju, como carinhosamente se denominam os seus

    conterrâneos.

    A Mangueira evoca a força das populações tradicionais para

    beber da sabedoria ancestral de um dos seus maiores

    expoentes, que nos guia e se revela como a própria Amazônia

    Negra.

    PRIMEIRO ENCANTO: TURÉ PARA O XAMÃ BABALAÔ

    Estou no Turé e lhes conto que ainda não tocou o cuti porque

    a dança não terminou. Pelo contrário, eu diria. Ela está apenas

    começando. E está começando no Norte, onde o meu país

    começa.

    É no início dessa história que alastro as minhas raízes

    brasileiras para esse ritual de agradecimento aos invisíveis do

    Outro Mundo.

    Sigo em movimento, mesmo plantada entre Sumaúmas que

    fazem de mim, a quase centenária, aprendiz e mensageira.

    Junto com as lahen, distribuo o caxixi na cuia do mesmo tipo

    que veste as mulheres também trajadas de saia de buriti. A

    festa acontece cercada de varas de madeira, no circular lakuh.

    Eu, Mangueira, estou na floresta amazônica brasileira,

    envolvida nesse transe.

    Urucu, jenipapo e kumatê tingem a minha visão. São tons da

    natureza que pintam desde as cuias que guardam o sabor do

    beiju de mandioca até os enfeites criados com penas dos

    peitos das araras, que se encostam nas cabeças daqueles que

    festejarão os espíritos.

    O pakará está posto para o líder pegar o maracá e os cigarros

    de tawari. É hora da viagem. Jãdam têm nas mãos os seus

    bastões e os palikás puxam os cânticos junto com o pajé. Os

    sons das flautas e das buzinas de bambu se alastram junto às

    palavras entoadas aos ancestrais. Um deles, especialmente,

    veio nos ver. Eu estava aqui aguardando por ele.

    A energia avassaladora toma o espaço e me faz confirmar:

    não há morte para quem sonha. A presença dele é inegável

    porque nunca deixou de ser. Já estava aqui, sempre esteve. E

    agora, mais do que nunca, o Xamã Babalaô veio para nos

    embrenhar nesse encanto tucuju que vive como só ele.

    SEGUNDO ENCANTO: MERGULHO NAS AFLUÊNCIAS

    As águas doces serpenteiam todo o território, espaço de

    façanhas e atributos de tantos sentidos. Princípio de todo um

    lugar, são o meio e o fim. A natureza em ação, carregando

    histórias, tradições e segredos por caminhos tão barrentos

    quanto extensos.

    O Xamã Babalaô navega em um afluente do Uaçá, nada pelo

    Rio Curipi, consolida seus laços históricos e hereditários com

    os povos indígenas da terra tucuju. No curso das águas, visita,

    aprende e confirma as sabedorias dos Galibi Kali'na, Galibi

    Marworno, Karipuna, Palikur e Wajãpi. Assim como ele,

    reconheço em mim a sua ancestralidade.

    As correntezas nos levam por todos os lados, e as

    comunidades quilombolas também dependem das águas.

    Pelo Rio Jari, chegamos a diferentes povoados. Conversando

    com os extrativistas e as mulheres que trabalham com as

    castanhas, ele se comunica com aqueles que dividem uma

    memória negra que eu também descortino.

    Tudo se baseia nos rios: circulação, movimento, mitos, rituais,

    vidas. Os ribeirinhos carregam conhecimentos profundos

    desse universo e os recriam a cada milagre da maré. Se ela

    desce, se ela sobe. Se está boa para ver um sumano. Se é

    momento de pesca, se é tempo de rede.

    Aqui, sobre o rio, tudo se sabe. Só há uma dúvida, alguns me

    contaram, de seres de formas fantásticas e de outras

    realidades, os quais, assim como o Xamã Babalaô, tocam as

    nascentes e as profundezas. Nelas, é certa a companhia

    distinta de animais e outras formas de energia.


    O Xamã Babalaô entra na palafita amparada de palmeiras

    buçu, relembrando as tecnologias e as invenções de seu povo,

    além das místicas da sua gente. Contempla os regatões do

    presente, o transporte dos sacos das farinhas e a alegria das

    brincadeiras dos inocentes, que também lembram as minhas

    crianças.

    Atravessamos as vivências de quem boia, mexe e se banha de

    um jeito só seu. Pelos rios, a poesia e o encanto se alastram

    para entender a beleza de um lugar e um modo novo de se

    viver que só quem viu o Amazonas sabe entender.

    Os rios carregam de um tanto. Foram decisivos na vida do

    nosso encantado e continuam sendo a base de muito o que se

    conhece. Levam e trazem embarcações e seres, produtos e

    família. A todo o tempo, gente e mistério.

    TERCEIRO ENCANTO: O PODER DA CURA NA CIÊNCIA DO

    ENCANTO

    Se o rio foi o caminho para trocas, nessa saga, a floresta é

    quem lhe entrega o dom. Ao emergir das marés amazônicas,

    outras águas me fazem mergulhar nas histórias que

    transformam o Tucuju em encanto. O Xamã Babalaô me

    convida para um cenário de velhas chaleiras com infusões, em

    que garrafadas são preparadas contra qualquer um dos males

    que podem acometer quem ousa viver.

    A sua existência, que um dia foi chamada de Doutor da

    Floresta, agora é revivida ao compartilhar as receitas que

    deixou no imaginário popular, nos estudos que viraram livros,

    na voz ouvida pelas ondas difundidas pelo território e em

    cada uma das memórias dos mistérios das ervas, carregados

    por aqueles que dominam como ele a ciência do encanto.


    Sementes, flores, folhas, cascas, seivas e um tanto mais que o

    mundo dá permitem outras possibilidades de persistir entre a

    dor e a cura, entre a folha e a oração. A floresta entrega

    aquilo que revigora. Submete as pessoas à necessidade de

    existir. Como também sou natureza viva que faz viver, sei o

    que digo.

    A medicina ancestral, fruto dos saberes indígenas e negros,

    une-se aos murmúrios das matas. O sopro no ouvido de quem

    está em Outro Mundo também dita os movimentos das mãos

    daqueles que manuseiam um divino chamado natureza.

    Não se enganem, são sagrados os segredos do cuidado.

    Engarrafar a floresta é entender que os seus conhecimentos e

    sabedorias são práticas de cura, desenvolvidas desde um

    tempo muito antigo por quem ocupa essa terra desde

    sempre. Entendimentos herdados das tradições orais

    passadas de geração a geração. Crendices que misturam o

    que é alcançado pelas mãos com as mandingas - práticas

    invisíveis aos olhos - como ensinou um encantado Preto

    Velho. Saravá!

    Ele transforma esse extrato em banhos, chás, gargarejos e

    unguentos. Simpatias, para quem tem fé, também dão certo.

    Quebra quebrantos, faz criança andar, sujeito parar de beber

    e mal de sete dias acabar.

    Como fazia em outros tempos, o Xamã Babalaô pede licença

    para adentrar as matas. Observa ao seu redor e parece falar

    com aquilo que nem eu sei o que é. Pode ser feitiço.

    Reconhece uma casca no chão, pega outras frescas, entende

    que a troca com a natureza é vital. Reza, pede, intercede.

    Respeita os ciclos. Extrai do ambiente o sustento para o seu

    povo, demonstrando a riqueza da Amazônia: o que dela se

    retira, o que com ela se faz. O que a ela se retribui, para

    mantê-la e nos manter de pé.

    QUARTO ENCANTO: OS TAMBORES RESSOAM

    De pé na floresta, houve um chamado. Som e energia

    reverberam pelo ar. Ondas de encanto. O Xamã Babalaô está

    tão envolvido quanto eu quando ouço a subida do tamborim.

    Continuo vendo a mesma natureza que observei nos

    remédios de cura. As árvores que viviam nas garrafadas,

    agora, são tronco oco de tambor. As sabedorias ancestrais

    permanecem a base das manifestações que se apresentam a

    nós.

    Çai Erê, disseram alguns originários, até batizar a festa que

    seria tocada com uma única baqueta, conforme mandam

    outras celebrações dos donos daquela terra. No Sairé do

    Carvão, contemplamos a síntese dos tucujus afro-indígenas.

    Nos encantamos por ela, mas logo o Xamã Babalaô aponta

    para a fogueira de esquentar couro e afinar as raízes do

    Batuque. Dois tambores, o amassador e o dobrador. Dois

    pandeirões. “Vieram lá de África”, escuto cochichar a

    quilombola que puxa o verbo e solta as bandaias para

    acompanhar o pessoal que senta nos macacaueiros presos às

    peles de sucuriju.

    As mulheres rodando e puxando vento com a barra da saia me

    lembram outro movimento que vira o mundo ao anti-horário.

    o giro e na gira do Marabaixo, salve o Divino Espírito Santo e a

    Santíssima Trindade. E salve as energias que pairam naquele

    toque, naquela circularidade, naqueles Mestres com quem ele

    tanto conviveu.

    Já vejo as minhas flores nas saias e nos cabelos das açucenas,

    enquanto meu povo gargalha tomando gengibirra e

    aprendendo os ladrões como o que fizeram para o Xamã

    Babalaô, que volta para o cortejo da vida por meio dessa e de

    outras canções. Atraído pelos ritmos que ressoam, cada um

    mais forte do que o outro, passeamos pelos terreiros de

    cultura, entre a Favela e o Laguinho. Vejo aquela gente e

    aquelas salas como se do Morro fossem.

    Nesses barracões, aprendo a saudar as matriarcas daqui que,

    assim como as minhas, ensinaram que o certo é pela nossa

    cultura se espalhar. Então, bora se requebrar, preparar para

    muito gingado, porque quando os tucujus e os mangueirenses

    dançam os mundos se movem. Xamã Babalaô, marabaixeiro,

    sempre soube e sempre saberá.

    A virada da caixa que arrepia ganha outros contornos

    históricos para além da dança que um dia foi de lamento. Em

    Mazagão Velho, a Festa de São Tiago ecoa um toque de

    guerra que também é toque de gente que aprendeu a

    transformar a sua história em batuque e festejo. Com o som

    do Vominê, escolhemos máscaras para sermos travessos e dar

    um rádio em quem puder.

    Essas sonoridades misturadas em diferentes batidas, chegam

    ao Encontro dos Tambores, e atraem nosso invisível para mais

    uma festividade.

    Dos instrumentos do Zimba do Cunani aos atabaques das

    macumbas amapaenses, do carnaval em que foi Rei aos

    músicos contemporâneos… O Encontro dos Tambores

    intensifica os sons e os sentidos para tratar das vibrações

    particulares que definem uma espiritualidade amazônica.

    As percussões confundem espaço, tempo e religião. Pelo

    compasso do tambor, a igreja é o terreiro, o ontem é hoje, o

    amanhã é agora. Tudo entra em espiral.

    Na Missa dos Quilombos, o Xamã Babalaô retorna batendo

    caixa como quem firma chão. Lá, oração também se dança.

    Sem precisar de permissão, os corpos não se contêm. Aqueles

    toques também são ancestrais, pois redefinem as condutas

    de um povo de um jeito libertário. Mães de santo participam

    da missa como coroinhas, as ofertas viram frutas e oferendas

    e um mundo novo, fundado por ele, pareceu ter sido criado

    diante de nós. A entidade adentra o culto sem espaço para

    divisas.

    Ele encontra na rítmica tucuju a mesma força espiritual

    presente em suas curas. Como uma bateria, esses sons fazem

    o coração pulsar em sanidade, tratando do passado da nossa

    gente. Preservam e reescrevem histórias dos encantos e das

    realidades vastas. O tambor celebra.

    QUINTO ENCANTO: O GUARDIÃO DA AMAZÔNIA NEGRA

    Na saga do Xamã Babalaô – invocado no Turé, navegante das

    afluências, engarrafador das florestas, pulsante nos tambores

    – eu vislumbro a incessante busca de plantar o eterno. Ele se

    transforma no que faz a Amazônia viver, tornando-se a

    própria identidade tucuju.

    O Xamã Babalaô é o que ficou. Ao tocar o chão da floresta,

    dos barrentos, dos quilombos, dos barracões, das missas,

    nosso ser se conduziu a ser ele mesmo os elementos que

    revelam quem o seu povo é. Torna-se múltiplo, sem limitar a

    vida a um corpo ou a uma única forma, como só sabem fazer

    os que conhecem os encantos da terra.

    Imponente, ergue-se nos mastros, prática cultural de origem

    negra. Seja nas bandeiras dos Marabaixos ou das minhas

    coirmãs escolas de samba, segue em haste afro-brasileira,

    coluna de memória que desafia o tempo e as tentativas de

    apagamento. No lenço que balança alto, ele se transforma em

    objeto que anuncia as festas de sua Amazônia. Preso na murta

    ou no pavilhão, dança com o vento e sussurra histórias que

    não podem ser esquecidas.

    Resiliente e vigoroso, manifesta-se no cipó de titica, fibra que

    amarra parte do mundo e sustenta o fazer. Enlaça casas,

    objetos de pesca, redes e segredos com a firmeza do valor da

    raiz. Nele, o Xamã Babalaô tece seu nome torcido no trançado

    do tempo.

    Leal em seus valores, exalta a potência feminina e o

    matriarcado que tanto conheço. Mergulha no barro de

    Maruanum, em que as mãos negras das louceiras moldam

    moringas, panelas e presenças daquela a quem se pede

    licença.

    A Vovó do Barro recebe o encantado que se dissolve na argila

    e ressurge em forma de artefato. Cada peça é uma oração

    queimada no forno daqueles saberes.

    Escorre no açaí que mancha mão e boca com o roxo atinado.

    O Xamã Babalaô vive no sabor do fruto do sustento

    amapaense. Está nos dedos que botam o caroço no paneiro,

    no remanso da peneira, na garganta que se tinge com gosto

    de floresta. É sangue da terra.

    Reaparece nos olhos da onça, bicho grande, dono da mata.

    Espreita silencioso, passeia firme, guarda os caminhos.

    Ameaçada, é a onça o espírito da floresta em regime de

    alerta. O Xamã Babalaô estampa agora pelagem e coragem.

    Está na pisada leve e na força que pode até não se ver mas

    que se sente. Quem cruza com ele sabe: há algo mais ali, um

    fundo que escapa à vista e mora no pressentimento.

    No flerte com o eterno, o Xamã Babalaô se planta como

    amapazeiro. Árvore mãe, árvore nome, árvore estado.

    Declama no silêncio da terra úmida e se ergue em galhos que

    se expandem, sombra que conforta, seiva que cura pelo lugar

    todo. Faz-se tronco, folha, semente e eternidade. Não partiu,

    enraizou-se onde tudo começa e recomeça. Ele é a natureza.

    À natureza, ele retorna. Na sua Amazônia de floresta em pé,

    ao meu lado, encerra uma saga que é símbolo de uma

    identidade nacional que tem sabor, cheiro e textura das

    memórias do meu Norte.

    Ao findar do transe xamânico, pairam no ar essências que nos

    entregam o frescor do Brasil. Do sumo daquilo que melhor

    poderia se macerar das terras profundas do nosso país. Das

    terras do nosso Xamã Babalaô do Encanto Tucuju. O guardião

    de toda essa amapalidade, de toda essa Amazônia também

    negra, de toda a Mangueira!

    Enredo e Pesquisa:

    Sidnei França, Sthefanye Paz E Felipe Tinoco

    REFERÊNCIAS

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    José M. (Orgs.). AMAPÁ: uma experiência afro-brasileira. Rio Branco: Nepan

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    Manifestações afro-brasileiras no Amapá: a arte do marabaixo no tempo

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    MADUREIRA, Daniel de Nazaré de Souza. Marabaixo e seus “ladrões”: a

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    Produtora DM Music, 2025. Álbum em formato digital.

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    VILAÇA, Aparecida. O que significa torna-se outro? Xamanismo e contato

    interétnico na Amazônia. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 15, n. 44,

    2000.

    Calendário da Disputa de Samba-Enredo

    CONCURSO DE SAMBA-ENREDO

    Datas de tira-dúvidas no barracão:

    16/6 – segunda-feira – das 17h às 20h30

    23/6 – segunda-feira – das 17h às 20h30

    30/6 – segunda-feira – das 17h às 20h30

    O carnavalesco Sidnei França (equipe) estará à disposição das parcerias

    para tirar as dúvidas nas datas acima das 17h às 20h30.

    Datas de tira-dúvidas obrigatórios com audição do samba:

    07/7 – segunda-feira – a partir das 16h

    14/7 – segunda-feira – a partir das 16h (caso necessário)

    21/7 – segunda-feira – a partir das 16h (caso necessário)

    A parceria de compositores que quiserem inscrever os sambas no Concurso

    da Estação Primeira de Mangueira – Carnaval 2026, deverá participar do

    tira-dúvidas nas datas acima.

    As parcerias deverão marcar com o presidente da Ala de Compositores sua

    presença no dia 7/7, para o tira-dúvidas obrigatório com audição do samba.

    Contato do Presidente da Ala de Compositores:

    Domenico

    Tel: (21) 98782-2006

    As duas datas de tira-dúvidas após o dia 7/7 podem acontecer ou não,

    dependendo da quantidade de sambas e da aceitação da Escola. Nos dias de

    tira-dúvidas com audição, o samba será apresentado individualmente para a

    presidente, diretor de Carnaval, carnavalesco (equipe), comissão de

    Harmonia, mestre de Bateria e direção Musical.

    Cada samba será cantado no 4º andar do Barracão individualmente, por até 3

    intérpretes, 1 cavaco e 1 violão, acompanhados por instrumentos de

    percussão definidos pelos mestres de bateria.

    Após o último tira-dúvidas no dia 21/7, os compositores receberão a

    autorização para realização da gravação do samba. Os sambas somente

    poderão ser gravados após autorização da Estação Primeira de Mangueira.

    As parcerias farão a inscrição dos sambas no Barracão, no dia 15/8, das 15h às

    20h. No ato da inscrição, as parcerias entregarão a gravação em áudio e/ou

    vídeo, com 30 cópias da letra. Serão permitidos até 6 compositores por

    parceria de samba. Não haverá taxa de inscrição para o Concurso.

    A Estação Primeira de Mangueira divulgará todos os sambas em concurso no

    dia 17/8 (domingo). É proibido que as parcerias divulguem seus sambas antes

    do dia 17/08.

    Datas do Concurso na Quadra:

    30/08

    06/09

    13/09

    20/09 – Semifinal

    27/09 – Final

    Apresentação na Quadra até a Semifinal do Concurso:

    Não serão permitidos fogos indoor.

    Não serão permitidas bandeiras, cachos de bola e bolas de gás.

    Não serão permitidos adereços de mão.

    Não serão permitidos grupos de encenação.

    Apresentação no palco até a Final do Concurso:

    Serão disponibilizados 6 microfones para os intérpretes.

    Serão disponibilizadas 4 entradas para Harmonia Musical.

    Serão permitidos somente os instrumentos extras cavaquinho e violão na

    Semifinal e Final.

    SOBRE A ESTAÇÃO PRIMEIRA DE

    MANGUEIRA:

    O Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação

    Primeira de Mangueira (ou simplesmente

    Estação Primeira de Mangueira) é uma

    tradicional escola de samba brasileira da cidade

    do Rio de Janeiro conhecida e admirada em

    todo o planeta. A agremiação, que tem nas suas

    cores (verde e rosa) uma de suas marcas

    registradas, acumula 97 anos de glórias e de

    histórias e é uma das mais importantes

    instituições culturais do Brasil. Seus símbolos, o

    surdo, a coroa, os ramos de louros e as estrelas

    podem ser vistos na bandeira da escola. Tornou-

    se um celeiro de bambas que despontou e

    inspirou lindas obras decantadas em todo o

    mundo. Foi fundada em 1928, no Morro da

    Mangueira, pelos sambistas Carlos Cachaça,

    Cartola, Zé Espinguela, Tia Fé, Tia Tomásia, entre

    outros. Sua quadra está sediada no bairro do

    mesmo nome. Detém vinte títulos do carnaval.

    Atualmente, é presidida por Guanayra Firmino,

    primeira mulher eleita presidente da Mangueira.

    (https://mangueira.com.br/)

    Glossário

    AÇUCENAS

    Dançarinas do Marabaixo, que utilizam saias rodadas com motivos florais,

    flores nas cabeças e rodam em sentido anti-horário, seguindo os músicos

    que tocam durante essa manifestação;

    AMAPALIDADE

    Sentimento específico daqueles que reconhecem um estilo de vida e um

    jeito de viver dos amapaenses;

    AMASSADOR E DOBRADOR

    Tambores utilizados na manifestação cultural do Batuque;

    BANDAIA

    Cantigas realizadas durante o Batuque;

    BATUQUE

    Festividade afro-brasileira muito praticada nos Quilombos do Amapá, que

    se utiliza de danças, canções e instrumentos próprios;

    BARRACÃO

    Salas de casas ou centros culturais de herança familiar em que ocorre parte

    significativa dos festejos de Marabaixo, inclusive na produção e realização

    dos alimentos e bebidas típicas dessa manifestação;

    BEIJU DE MANDIOCA

    Alimento feito a partir da goma de mandioca, base para a preparação do

    caxixi;

    BURITI

    Fruto de tons alaranjados e avermelhados derivado de uma palmeira e

    utilizado como matéria-prima na confecção de roupas utilizadas no Turé;

    CARVÃO

    Distrito de Mazagão onde se localiza o Ponto de Cultura Sairé do Carvão,

    com praticantes do Sairé;

    CAXIXI

    Bebida alcoólica feita a partir da fermentação da mandioca, utilizada pelos

    pajés para acessar o Outro Mundo;

    CURIAÚ

    Nome dado a um rio amapaense e a um quilombo que fica ao seu entorno,

    sendo um dos mais tradicionais da região e o segundo brasileiro a ser

    certificado pela Fundação Palmares;

    CURIPI

    Nome dado a um rio amapaense localizado na região do Oiapoque;

    CUTI

    Buzina que se toca no intervalo da dança do Turé, geralmente feita de

    bambu;

    CUNANI

    Região quilombola localizada no literal norte do Amapá, conhecida pela

    prática do Zimba;

    DAR UM RÁDIO

    Fazer uma reclamação com alguém;

    ENCONTRO DOS TAMBORES

    Evento que tem como base a vasta musicalidade dos tambores de

    diferentes manifestações culturais e religiosas do Amapá. Mestre Sacaca é

    um dos seus fundadores. No Encontro, ocorre também a Missa dos

    Quilombos;

    FAVELA E LAGUINHO

    Os dois principais bairros negros de Macapá, a capital do Amapá. Foram

    ocupados pela população retirada da área central da cidade, inclusive por

    lideranças culturais, como Mestre Sacaca;

    FESTA DE SÃO TIAGO

    Festa com mais de 240 anos de tradição, realizada no Mazagão Velho

    durante o mês de julho, em que ocorrem diferentes atos de encenação da

    batalha entre mouros e cristãos;

    GALIBI KALI'NA

    Povos indígenas concentrados principalmente na região do Oiapoque, na

    terra indígena Galibi Kali'na;

    GALIBI MARWORNO

    Povos indígenas concentrados principalmente na região do Oiapoque, nas

    terras indígenas Uaçá e Juminã;

    GARRAFADA

    Prática associada à medicina ancestral, com a formulação de receitas com

    uso de produtos naturais, como plantas, ervas, cascas e bebidas específicas

    que compõem um remédio. Difundidas e utilizadas por Mestre Sacaca

    durante a sua vida;

    GENGIBIRRA

    Bebida alcoólica típica dos festejos do Marabaixo, feita principalmente com

    gengibre, que tem princípios anti-inflamatórios que protegem as gargantas

    dos marabaixeiros que cantam e festejam noite adentro;

    JÃDAM

    Homens ajudantes do pajé, que utilizam de bastões nas mãos e são

    responsáveis pela manutenção das regras do Turé;

    JENIPAPO

    Fruto aplicado na produção de tintas naturais utilizadas durante o ritual do

    Turé;

    JARI

    Nome dado a um rio que cruza diferentes regiões, inclusive quilombolas,

    do Amapá;

    KARIPUNA

    Povos indígenas que vivem em diferentes regiões, próximas ao Rio Curipi e

    no Oiapoque, nas terras indígenas Uaçá, Juminã e Galibi Kali’na;

    KUMATÊ

    Líquido extraído da casca da árvore de Azuazeiro aplicado na produção de

    tintas naturais utilizadas durante o ritual do Turé;

    LADRÃO

    Canções entoadas durante o Marabaixo, com versos de improviso e letras já

    tradicionais, que têm como objetivo expressar críticas, elogios,

    agradecimentos, lamentos ou até mesmo sátiras sobre o cotidiano da

    comunidade amapaense. Em uma das versões sobre a origem do nome

    dessas letras, denomina-se ladrão porque elas “roubam” os fatos da

    realidade para transformar nessas cantigas;

    LAHÉN

    Mulheres ajudantes do pajé, responsáveis por servir o caxixi durante e

    antes do Turé;

    LAKUH

    Local em que o Turé é realizado, em uma estrutura circular cercada de varas

    de madeira decoradas com algodão e ligadas por fios nos quais são presas

    penas brancas de garça;

    MACACAUEIRO

    Árvore utilizada para fazer diferentes instrumentos, como os tambores

    utilizados no Batuque;

    MAL DE SETE DIAS

    Expressão popular para se referir ao tétano em recém-nascidos. Em um dos

    seus livros, Mestre Sacaca descreve uma simpatia para combatê-lo;

    MARABAIXO

    A principal manifestação cultural do Amapá. De origem afro-brasileira,

    possui uma ampla agenda que começa no mês de abril e termina em junho.

    Associa-se ao afrocatolicismo e à cultura negra do estado. Seu nome é a

    junção das palavras “mar a baixo”, relacionando-se ao processo de

    escravização e do tráfico negreiro. Pode se referir tanto às ondas dos

    navios que traziam as populações sequestradas (que oscilavam entre o mar

    acima e o mar a baixo), quanto à queda de alguns dos escravizados (mar a

    baixo). Por isso, ficou primeiramente reconhecida como uma manifestação

    de lamento. Hoje, embora traga toda essa ancestralidade, é vista como

    uma prática celebratória;

    MARUANUM

    Comunidade quilombola do Amapá, reconhecida por preservar tradições

    relacionadas ao barro, manuseado por suas louceiras com uma técnica

    específica para a produção de peças como panelas, formas, alguidares e

    jarros;

    MAZAGÃO VELHO

    Distrito do município de Mazagão, para onde foram trazidos os habitantes

    de uma antiga colônia portuguesa situada no Marrocos. Mazagão se tornou

    uma cidade com diferentes práticas culturais e festejos associados a essa

    herança moura;

    MISSA DOS QUILOMBOS

    Expressão utilizada para se referir a diferentes manifestações

    afrocatólicas, e aqui associada à prática de uma missa que se utiliza de

    saberes e características afro-brasileiras no Encontro dos Tambores,

    realizado no Amapá. Mestre Sacaca participava desse encontro de

    tolerância religiosa, sendo um dos seus grandes incentivadores;

    Murta – Planta semelhante a arbustos, retirada da natureza em uma das

    etapas da agenda do Marabaixo, conhecida como Cortejo da Murta, e

    utilizada para fazer o levantamento do mastro;

    OUTRO MUNDO

    Denominação dada para o local em que habitam seres “invisíveis”, que

    dividem a existência com os humanos, mas que, durante o Turé, só podem

    ser vistos pelos pajés;

    PAKARÁ

    Cesto em que o pajé guarda os seus objetos importantes para o ritual do

    Turé;

    PALAFITA

    Estrutura de elevação de casas, geralmente feitas de troncos, em uma

    tecnologia muito utilizada pelos povos ribeirinhos devido à oscilação das

    marés dos rios;

    PALIKÁS

    Homens ajudantes do pajé, responsáveis por apoiá-lo nos cânticos durante

    o Turé;

    PALIKUR

    Povos indígenas concentrados principalmente na região do Rio Urukauá,

    um dos afluentes do Rio Uaçá, na terra indígena Uaçá;

    REGATÃO

    Modelo de comércio fluvial, em barcos com diversificados produtos para

    venda na região amazônica;

    SACACA

    Intitulação indígena associada a pajés ou xamãs, detentores de grandes

    saberes e responsáveis pelas curas dos seus povos. Na Amazônia, tornou-se

    uma forma popular de se referir a um líder de suas comunidades,

    geralmente associado ao cuidado e à sabedoria compartilhada. Também é

    o nome de uma planta utilizada em diferentes garrafadas;

    SAIRÉ

    Manifestação cultural de origem católica e indígena, iniciada nas missões

    religiosas amazônicas, e que hoje é praticada fortemente no município de

    Carvão, no Amapá. A origem do nome é de uma saudação indígena, Çai Erê;

    SUMANO

    Adaptação da expressão “mano”, para se referir com intimidade e afeto a

    amigos ou colegas;

    SUMAÚMA

    Árvore conhecida como “rainha da Amazônia”, “árvore da vida” ou “escada

    do céu”, devido ao seu tamanho e à sua beleza impactantes;

    TAWARI

    Planta utilizada como base dos cigarros do pajé durante o ritual do Turé;

    TURÉ

    Ritual indígena presente no Oiapoque, município do norte do Amapá, em

    que se festeja e celebra os espíritos do Outro Mundo;

    TUCUJU

    Um dos primeiros povos originários da região hoje reconhecida como

    Amapá. Tornou-se uma expressão sinônima de “amapaense”, para

    qualificar aquilo que é do estado. Muito difundida na canção “Jeito Tucuju”,

    de Joãozinho Gomes e Val Milhomem;

    UAÇÁ

    Nome dado a um rio amapaense localizado na região do Oiapoque;

    UNGUENTO

    Medicação realizada com elementos naturais, semelhante a pomadas;

    URUCU

    Fruto de tons avermelhados e alaranjados, aplicado na produção de tintas

    naturais utilizadas durante o ritual do Turé e por diferentes povos

    indígenas. Também conhecido como Urucum;

    VOMINÊ

    Manifestação presente na Festa de São Tiago, representando a batalha

    entre cristãos e mouros, que se utiliza o instrumento caixa em alusão às

    caixas de guerra;

    VOVÓ DO BARRO

    Como algumas integrantes do Quilombo do Maruanum se referem a uma

    divindade idosa que é associada ao barro e às suas propriedades;

    WAJÃPI

    Povos indígenas concentrados principalmente no noroeste do Amapá, na

    terra indígena Wajãpi;

    ZIMBA

    Manifestação cultural afro-brasileira que envolve dança, canto e

    instrumentalidade, presente em diferentes estados do Norte, inclusive na

    comunidade do Cunani, no Amapá.





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