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  • Leia a Sinopse da Vizinha Faladeira que foi desenvolvida pelo carnavalesco Jorge Castro

    Lucia Mello em 28 de Julho de 2010

    Vizinha Faladeira dá as cartas
    Com um toque de nostalgia, a Vizinha Faladeira percorre o mundo das cartas, objetos de comunicação escrita ou visual, que ampliam o horizonte do conhecimento, abrandam a extensão geográfica, despertam desejos e sentimentos do presente, passado e futuro e alimentam o desenvolvimento do raciocínio e das habilidades do homem.
    Como instrumentos documentais, literários e históricos do Brasil, a carta de Pero Vaz de Caminha dando conta a Portugal do descobrimento de novas terras, o primeiro regulamento postal do país por D. João VI, a assinatura do decreto da independência do Brasil pela princesa Leopoldina, o comunicado de independência a Portugal por D. Pedro I, a carta de libertação dos escravos, Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel e o decreto da proclamação da República por Marechal Floriano Peixoto. A história guardada em nossas memórias e registrada nos pergaminhos.
    A carta como elemento postal, suporte da transmissão de informações específicas ou de interesse público da sociedade. Objeto de correspondência, inviolável, selada, transportada em malotes e distribuída pelos carteiros, heróis do asfalto que driblam os obstáculos para fazer chegar a mensagem, às mãos do destinatário. Mensagens que hoje, com o avanço tecnológico, podem ser transmitidas pelo correio eletrônico, mas que não substituem o papel e o envelope, materiais básicos da confecção de uma carta convencional, ainda preferida pelo prazer de escrever e trocar correspondências físicas.
    Quando utilizada como instrumento visual de comunicação, a carta pode evidenciar o amor de um imperador japonês por sua concubina, difundir pelo mundo a casta e os deuses do povo indiano, e ainda eternizar os elementos sagrados da vida: água, fogo, terra e ar - por meio da linguagem simbólica dos árabes. A carta também preserva o conhecimento dos sacerdotes egípcios e transforma-se em lâmina de jogos e instrumento oracular.
    Enfim, a carta como manifestação de mensagens espirituais e fins divinatórios, desvendando mistérios e segredos pelas mãos de Madame Lenormand. Temida e respeitada, a grande dama francesa, estudiosa das ciências ocultas, viveu entre os ciganos e teve acesso a um legítimo baralho de Tarô, utilizado por eles. Aprofundou seus conhecimentos e aprimorou o jogo de cartas. Hoje, conhecido como baralho Petit Lenormand ou baralho cigano. Sempre acompanhada do seu fiel gato preto, previu nas cartas, a ascensão de Napoleão Bonaparte ao trono da França, suas conquistas pela Europa e sua queda.
     Seguindo viagem pelo tempo e pela história, a Vizinha Faladeira ancora nas cartas ciganas, alicerce das previsões e leitura da sorte pelo poder e a força da vidência e oferendas.
     Pelas cartas espanholas, surgiu o atual baralho latino utilizado nas atividades recreativas onde a agilidade, a destreza e a capacidade de disputa do homem, o fazem ganhar ou perder num simples jogo de cartas.
    Eis que chegam as cartas lusófonas, as atuais. Trazidas pela rainha, a dama de copas, ao seu ambiente natural, local mais desejado por elas: o grande cassino que deixou saudades. Bailarinos, croupier, roleta, fichas, cartelas de bingo, coringas e jogadores as recebem: “Bem-vindas ao Cassino, aqui, a Vizinha Faladeira dá as cartas”.

               Autor Jorge Castro



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