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Incêndio na Cidade do Samba atinge barracão da Portela, Grande Rio e Ilha
Lucia Mello em 07 de Fevereiro de 2011
Um incêndio de grandes proporções atinge desde às 7h15 da manhã desta segunda-feira (7) a Cidade do Samba, no bairro da Gamboa, na zona portuária do Rio de Janeiro. Cerca de 80 bombeiros dos quartéis Central, Catete, Caju e São Cristóvão estão no local para controlar o fogo. Quinze viaturas da corporação dão suporte à ação.
Segundo o Corpo de Bombeiros, quatro barracões foram atingidos pelas chamas, entre eles os das escolas de samba Portela, Grande Rio e União da Ilha. Ainda não há informações sobre o que teria ocasionado o incidente.
De acordo com o presidente da Grande Rio, Hélio Ribeiro de Oliveira, o incêndio destruiu "absolutamente tudo" que havia no barracão da escola de samba de Duque de Caxias. Ele informou que mais de três mil fantasias e sete carros alegóricos, entre outros adereços, estavam no local.
"A história da Grande Rio estava dentro do barracão, mas o samba não queimou e a gente vai desfilar ainda que seja de camiseta", disse o dirigente.
O chefe do ateliê da Grande Rio, Robson Pantoja, informou que cerca de 10 pessoas estavam no quarto andar do barracão quando o incêndio teve início. Um dos presentes se desesperou e não conseguiu descer as escadas. Amedrontado com o fogo, o homem se jogou em cima de um carro alegórico. Como a alegoria era revestida de espuma, ele não ficou ferido.
Segundo o chefe de alegorias da União da Ilha, Bernard Basílio, o incêndio gerou um clima de pânico na Cidade do Samba. "Havia chegado ao barracão para trabalhar quando ouvi gritos alertando sobre o fogo. Não deu tempo de pensar em nada, só correr", relatou.
O presidente da Portela, Nilo Figueiredo, chegou à Cidade do Samba por volta das 10h, acompanhado de diretores e seguranças, mas foi barrado por policiais militares e bombeiros. A atitude deu início a um tumulto e discussão. Durante a confusão, um dos seguranças do presidente da Portela tentou agredir um PM, que deu voz de prisão ao agressor.
O segurança foi encaminhado à delegacia de polícia da região, acompanhado por um diretor. Após a confusão, Nilo Figueiredo pôde entrar na Cidade do Samba.
Entorno
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, um homem, de 30 anos, proveniente do incêndio deu entrada no Hospital Municipal Souza Aguiar. A vítima, cuja identidade não foi revelada, teria inalado muita fumaça, mas está lúcida. O homem ficará no hospital em observação.
Devido ao incêndio na Cidade do Samba, as ruas do entorno estão interditadas ao tráfego e há dezenas de curiosos no local. A área foi interditada pelo Corpo de Bombeiros e, segundo a corporação, há risco de desabamento.
Transportes
Por conta do incidente, a Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET-Rio) bloqueou o acesso pelo Elevado da Perimetral, que fica ao lado da Cidade do Samba, para facilitar o trabalho dos Bombeiros. De acordo com a CET-Rio, por volta das 10h45, havia lentidão na região, por conta de motoristas que trafegavam com velocidade reduzida para observar o incêndio.
Embora ainda exista muita fumaça no local, as operações do aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio, não sofreram reflexos. Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), a fumaça gerada pelo incêndio não causa problemas no trajeto das aeronaves que chegam ou deixam o terminal.
Histórico
Inaugurada em 2005, a Cidade do Samba está situada em uma área de 92 mil metros quadrados, equivalente a dez campos de futebol. O espaço reúne os barracões das 12 agremiações do Grupo Especial do Carnaval carioca, onde são feitas todas as alegorias para os desfiles na Marquês de Sapucaí. No local também estão dois barracões da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa)
Por: Divulgação