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  • Império Serrano realizou seu primeiro ensaio com samba-enredo novo

    Lucia Mello em 26 de Outubro de 2009

    A alma encantadora das ruas, livro do jornalista João do Rio, que inspirou a carnavalesca Rosa Magalhães a criar o enredo "João das ruas do Rio", tem mais a ver com o Império Serrano do que se imagina. Além de citar os cordões e o esforço da estiva em algumas de suas 27 crônicas, o autor descreve a realidade sem perder a poesia.
    Para ele, a rua é a imagem da ingenuidade, é transformadora, agasalhadora, generosa, características visíveis na gloriosa Verde-e-branca da Serrinha que, não à toa, ontem cantou a plenos pulmões o novo samba-enredo que é inquestionavelmente uma explosão de emoção.
    Como todo ensaio, repetiu-se o cerimonial. Os tenores imperianos - Bira Silva, Arthur Mocidade, Jovaci e André Moreno - abriram a noite com antológicas obras da agremiação.
    O intérprete Cremilson Silva não esteve na quadra, desta vez, pois se apresentava no Candongueiro. Fez falta, claro, mas a rapaziada, junto à Sinfônica do Samba, de Mestre Gilmar, deu muito bem conta do recado. De folga também estavam o mestre-sala Charles e a porta-bandeira Danielle, sendo o pavilhão do glorioso Império exibido por Alex Marcelino e Raphaela Caboclo.
    Já os compositores do samba da acirrada disputa que terminou na manhã da última terça-feira marcaram presença, com familiares e amigos. Marcelo Ramos, Henrique Hoffmann, Paulinho Valença, Willian Black e Popeye curtiram o 1º ensaio embalado pela trilha sonora que comporam para a verde-e-branca brilhar e, muito provavelmente, sacudir a Sapucaí em 2010. Segundo eles, no entanto, ainda há uma série de eventos programados para comemorar a vitória.
    "Na verdade, ainda não tivemos tempo de festejar direito. Afinal, depois do concurso, tivemos pela frente uma semana inteira de trabalho. Mas deu pra sentir o apoio das pessoas que a todo instante, aonde quer que estejamos, nos parabenizam. Pra gente, isso não basta. Vamos fazer um churrasco no Clube do Madureira, outro na Serrinha, enfim, completar o ciclo de comemorações ao lado de nossos entes queridos e, lógico, dos imperianos", disseram eles.
    Entre as novidades, uma foi bastante comentada ao longo da semana. Pra variar, a bateria do Império Serrano provando porque é intitulada Sinfônica do Samba. Os ritmistas repetiram na quadra o show que deram na 1ª gravação do samba, com destaque para a batida funk que promete enfeitiçar o público cada vez que entoado o refrão que diz: "Vem que o Império te leva/ Vem recitar poesias e canções/ E nos boulevares e vielas/ Vem ouvir o canto das favelas".
    De acordo com Bira Silva, uma das vozes imperianas, poucas alterações foram feitas na letra e na melodia do samba. O verso "Pelas ruas do João do Rio", na 1ª parte da obra, mudou para "Pelas ruas de João do Rio". Outra pequena modificação está num dos versos do último refrão: "É verde-e-branco essa paixão" passou a "É verde-e-branca essa paixão". Com relação à melodia, duas subidas foram criadas em cima das palavras diversidade (da 1ª parte do samba: "Mistura de raças, a diversidade") e artistas (na 2ª parte: "Revistas, cantores e artistas").
     



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