NOTÍCIAS / Tudo sobre Samba

  • Império Serrano entregou a sinopse do seu enredo rumo ao carnaval 2013

    Lucia Mello em 13 de Agosto de 2012

    O Império Serrano entregou neste final de semana a sinopse do seu enredo para o Caranval 2013 "Caxambu - O milagre das águas na fonte do samba".
    Confira o texto:
    "Caxambu - O milagre das águas na fonte do samba"

    . e da terra brotou água sem parar
    Revolvendo as entranhas desse chão
    Rompendo cada pedra e cada grão
    Doze fontes deram vida a um lugar
    E da serra da Mantiqueira veio a lenda
    No solo que se abriu como uma fenda
    Fez nascer uma nova explicação

    E a riqueza das águas que hoje eu canto
    É a fonte para a minha inspiração

    Dizem que Poseidon, o deus do mar
    Bateu com toda força o seu tridente
    O oceano se agitou tão de repente
    Que as águas no Brasil foram parar
    Lá na serra entre rios e cascatas
    Ninfas protetoras lá das matas
    Viam fontes borbulhando sem parar

    E a riqueza das águas que hoje eu canto
    É a magia que o meu verso foi buscar

    Se assim contou a mitologia
    A história imprimiu o seu valor
    Como a alcunha inspirada em um tambor
    "Cacha Mumbu" traz a forma em poesia
    Do morro que a cidade hoje nomeia
    É o corpo ao luar que serpenteia
    Do negro que a montanha batizou

    E a riqueza das águas que hoje eu canto
    "Jonga" na ginga que o mestre me ensinou

    O batuque que se ouve ali do lado
    Nas ruas marca o passo em louvação
    A ladainha que conduz a procissão
    É a reza para o santo consagrado
    Devotos percorrendo cada via
    Entoam a mais bela melodia
    Junto aos sinos que repicam em devoção

    E a riqueza das águas que hoje eu canto
    Traz a fé de todo um povo em comunhão

    O tempo passa assim mineiramente
    Conduzido pelo passo do tropeiro
    Um deles se tornou o pioneiro
    Destacou-se dentre toda aquela gente
    De Barão das Águas foi chamado
    Na Fazenda da Roseta fez reinado
    No coração de todos fez história

    E a riqueza das águas que hoje eu canto
    Mora hoje na mais viva memória

    Vieram também outros personagens
    Como Nhá Chica, a famosa milagreira
    Que ao comover a região inteira
    Atraiu as mais diversas homenagens
    Do povo que a fez idolatrada
    Entre as santas do lugar é recordada
    Por dedicar a Deus toda uma vida

    E a riqueza das águas que hoje eu canto
    É uma canção de louvor nunca esquecida

    Enquanto se festeja o altar divino
    Cá na Terra o profano é que é louvado
    Quem será o rei maior do carteado?
    Quem vai tirar a sorte grande no cassino?
    No luxo dos hotéis, todo o sabor
    Da era Vargas, o poder e o esplendor
    Do glamour que em Caxambu fez a pousada

    E a riqueza das águas que hoje eu canto
    Ecoa Glória de uma época dourada

    O recanto de um sonho brasileiro
    Acolheu até mesmo uma princesa
    Envolvida pelo manto da tristeza
    Por não poder gerar o nobre herdeiro
    Mas a força das águas da cidade
    Concedeu à Isabel fertilidade
    Veio o filho desejado afinal

    E a riqueza das águas que hoje eu canto
    Deu mais vida à Família Imperial

    Em graças ao presente recebido
    A princesa fez erguer ali um dia
    A Igreja Santa Isabel de Hungria
    Deixando todo o povo agradecido
    E assim segue o ciclo da vida

    No vai e vem das águas é trazida
    A energia que das fontes emana

    E a riqueza das águas que hoje eu canto
    É a glória da nação imperiana

    E da sinfonia que a minh'alma hoje entoa
    Mina versos para a Serrinha desfilar
    Na avenida novamente a celebrar
    A mais rara joia da coroa
    Sou reizinho, sou povo, sou patente
    Do verdadeiro samba, o expoente
    De todos os amores, o mais franco

    E a riqueza das águas que hoje eu canto
    É a fonte do meu samba em verde e branco!

    Carnavalesco: Mauro Quintaes

    Texto: Gustavo Melo

    Pesquisa: Esther Maria Duarte Lúcio Bittencourt

    Colaboração: Rachel Valença
     
     



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