NOTÍCIAS / Tudo sobre Samba

  • Geração da Estácio de Sá lança enredo

    Lucia Mello em 04 de Junho de 2010

    Paulicéia Desvairada- 70 anos do Modernismo no Brasil
    (Enredo do G.R.E. S. Estácio de Sá Carnaval de 1992)
    Uns chamam de reedição, outros de reinterpretação, mas a verdade é que as boas e velhas histórias sempre emocionam, nos deixando, por alguns instantes, mais felizes e até desvairados!
    Setor 1 - A Inspiração!
    A Semana de Arte Moderna continua influenciando a arte brasileira. O movimento modernista de 1922 representou uma verdadeira renovação de linguagem, revelando um Brasil em busca da liberdade de criação. A entrada do Modernismo Artístico e Literário em nosso país está relacionada com a arte que se faz hoje.
    A inspiração pode vir de tudo. A própria vida está repleta de inspiração! As cores do arco-íris representam fontes inesgotáveis. Arco de cores, tonalidades e misturas. Ela chega desavisada, feito a garoa no Trianon ou até mesmo feito as imensas luas que enfeitam nossas noites! Clarões de idéias e o brilho de nossa escola exaltando a arte. Inspiração e transpiração. Poesia e melodia. Emoção e comoção. Raças e classes!
    A arte feita pelo e para o povo. Inspirados nos capítulos em que a felicidade se torna protagonista, modernizamos, em poucos instantes, velhos conceitos e eternizamos as novas gerações! Seguimos cantado Paulicéias e Tropicálias mescladas de tradição e inovação!
     “Balança um samba de tamborim/Emite acordes dissonantes/Pelos cinco mil alto-falantes/Senhoras e senhores/Ele põe os olhos grandes/Sobre mim...”     Tropicália – Caetano Veloso
    Setor 2 - Sacudindo as estruturas da arte tupiniquim
    A busca da liberdade de criação rompeu com o passado apresentando novas idéias e conceitos artísticos.  1922 era o ano em que o país comemorava o primeiro centenário da Independência e os jovens modernistas pretendiam redescobrir o Brasil, libertando-o dos padrões estrangeiros. Encontrar novos dias percorrendo os muitos e sinuosos trilhos da imaginação nessa ciranda em que nós, meninos, brincamos. Com notas de brasilidade, pinceladas de uma malandragem quase poética e a preocupação em realizar uma arte tipicamente nacional, a Semana de 22 sacudiu os padrões estéticos europeus mais tradicionalistas, embora influenciada por eles. Dedilharam e interpretaram canções, declamaram poetas, fizeram a renovação saltar das telas!
    Setor 3 – Tudo acaba em carnaval!
    A alma brasileira habita em personagens de tirar o fôlego que viveram e vivem a transformação da cultura nacional durante o carnaval. Nessas transgressões autorizadas festeja-se a vida! Máscaras, losangos e brilhos apostando todo talento na felicidade! Mestiços, caboclos, mamelucos, mulatos, pardos, brancos, negros, gringos, mendigos, nobres, pobres, ricos, anônimos, sinônimos! O discurso do povo aposta no dom da intuição, deixando que o coração fale ou espalhe seu rastilho de valor através da cultura.Deixem que o país da tropicália sabe o que está fazendo, ouçam as vozes dessa geração e permitam que nossas crianças desçam de suas encantadas colinas para no asfalto fazer a festa!  

    Heriton Bakhury
    Carnavalesco


     

     


     



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