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  • Funk e rave para chacoalhar a Sapucaí

    Lucia Mello em 03 de Fevereiro de 2010

    Mangueira e Viradouro farão paradinhas com batidão. Portela vai de ritmo eletrônico e ‘ola’
    A Mangueira vai colocar seus componentes para descer até o chão, chão, chão. A Verde e Rosa planeja paradinha funk, momentos em que as alas vão dar uma abaixadinha e rebolar com a mão no joelho. O segredo guardado com rigor já foi revelado para quem se diverte nos ensaios da escola na quadra. Sábado, o presidente Ivo Meirelles, tal qual um MC, comandava as massas ensinando o passinho no Palácio do Samba. A Viradouro também vai misturar funk com samba e a Portela lançará mão de uma batida rave, com ritmistas se movendo como uma ‘ola’ de torcidas de futebol.
    Mestre Jaguará, ensaia seus ritmistas para fazer o público delirar na Sapucaí: escola é a última a desfilar, na segunda. Na quadra, Ivo pediu que mesmo os mais enferrujados se esforçassem na hora de botar as mãos no joelho e dar uma abaixadinha, sendo prontamente obedecido pelos foliões. Envolta em segredos, a escola não quis revelar quantas alas farão a coreografia ao som do tamborzão comandado pelo mestre Jaguará. Obediente à ordem de sigilo total dada por Ivo, ele não quis comentar a injeção de pancadão na tradicional bateria Surdo 1. Mas é certo que o ritmo será um dos homenageados no enredo ‘Mangueira é a música do Brasil’. Os carnavalescos Jaime Cezário e Jorge Caribé confirmam que vários funkeiros foram convidados para desfilar, provavelmente, em alegoria dedicada a esse estilo musical.
    Inventor, em 1997, da paradinha funk, mestre Jorjão vai usá-la de novo para marcar sua volta à Viradouro, após 10 anos. Naquele ano, a surpresa embalou a Vermelha e Branca ao título: “A gente vai fazer uma ou duas vezes só, porque é meu retorno. Mas, na Avenida, o resto serão paradinhas novas, o público só vai ver na hora”.
    Jorjão aplaude a iniciativa da Mangueira. Mas critica quem usa e abusa do funk no Carnaval. “Eu acho válido, pois dá uma bossa diferente, mas tem de ser bem ensaiado. Na época em que eu usei a paradinha, o funk era muito marginalizado, todo mundo me chamava de maluco. Agora todos fazem. Mas o Carnaval precisa de criatividade, o público paga caro para ver novidade”, diz o mestre.
    A Portela de mestre Nilo Sérgio— que vai cantar a tecnologia — treina os segredos de sua bateria nos ensaios de madrugada. Um deles é um instrumento surpresa que só uma pessoa tocará. Mas a batida eletrônica e a coreografia dos ritmistas já foi testada num ensaio técnico: “É uma bossa eletrônica para as coreografias que levaram a Sapucaí abaixo no último ensaio técnico. Posso garantir que a bateria da Portela nunca inovou tanto”, conta Nilo Sérgio.

    Por: Divulgação



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