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  • FERNANDA TORRES NO TEATRO MULTIPLAN EM "A CASA DOS BUDAS DITOSOS

    Redação em 04 de Março de 2024

    De volta ao palco do Teatro Multiplan, no shopping VillageMall na Barra da Tijuca, nos dias 05, 06, 07, 13, 20 e 27 de março, um dos maiores sucessos do teatro nacional, o aclamado "A Casa dos Budas Ditosos".

    O espetáculo é baseado no romance homônimo de João Ubaldo Ribeiro (1941-2014) e protagonizado por Fernanda Torres, que interpreta uma libertina baiana de 68 anos de idade. Com direção de Domingos de Oliveira, o espetáculo já rendeu à atriz a vitória do Prêmio Shell em São Paulo e Prêmio Qualidade Brasil de melhor atriz, melhor diretor e melhor comédia em 2004.

    "'Será possível para o homem a total liberdade sexual? Foi dada ao homem esta capacidade, este privilégio?' Convenhamos que é uma pergunta importante, para uma espécie que está sempre discutindo seus limites de Liberdade.

    A narrativa de João Ubaldo Ribeiro contém nítida importância filosófica, disfarçada em folhetins de peripécias sexuais. O personagem 'sem nome' que Ubaldo criou é sem dúvida uma DEUSA. Ela possui uma liberdade divina almejada na imaginação por todos nós e, na prática, inalcançável por qualquer um de nós.

    Habilmente arquitetada está livre de repressão sexual. Trata-se, portanto, de um ideal inalcançável por qualquer um de nós." — Domingos de Oliveira

    Quando Domingos de Oliveira leu pela primeira vez a obra de João Ubaldo percebeu imediatamente o valor dramático do texto. Nem todo livro rende uma boa adaptação teatral; A Casa dos Budas Ditosos, porém, é um livro escrito na primeira pessoa, é o depoimento de uma mulher que deseja dizer ao mundo que ousou cumprir sua vocação libertina e foi feliz, não há danação na luxúria. Nasceu teatro porque é oral e é oral porque, segundo o próprio João Ubaldo, nas primeiras páginas do livro: "é impossível falar sobre sexo na terceira pessoa".

    Para viver a personagem, Domingos pensou que "precisava de alguém que soubesse transitar por todas as idades, pelas diversas fases da personagem". Ao diretor, pareceu que uma atriz que estivesse "entre os trinta e cinco e os quarenta e poucos, a melhor idade na vida de qualquer mulher". Segundo a baiana do livro, seria o ideal para criar essa diversidade.

    Esse artifício, simples e não realista, de ter uma atriz de meia-idade, vivendo uma mulher de idade que se lembra de todas as suas idades, acabou por acentuar o discurso libertário da baiana de João Ubaldo. Quem prega, confessa, ri é a mulher no seu ideal é uma imagem projetada e viva. Essa ilusão contribui para que a viagem sexo-sensorial, proposta por João Ubaldo, aconteça plenamente no teatro. É impossível ficar indiferente à seleção de homens e mulheres que a baiana evoca, como também é impossível, ao evocá-los, deixar de passar em revista o seu próprio memorial afetivo. Esse efeito colateral, talvez, seja a grande experiência sensorial do espetáculo.

    "A narrativa de João Ubaldo Ribeiro contém nítida importância filosófica, disfarçada em folhetins de peripécias sexuais. O personagem sem nome que Ubaldo criou é sem dúvida uma deusa. Ela possui uma liberdade divina almejada na imaginação por todos nós e, na prática, inalcançável por qualquer um de nós", diz Domingos.

    Fernanda Torres encontrou nesse convite o projeto ideal para experimentar a possibilidade de se fazer teatro apenas com um ator, um texto e um microfone. Era uma vontade antiga que a atriz alimentava desde que assistiu pela primeira vez a Spalding Gray. A contundência do discurso sexual da baiana e a qualidade do texto de João Ubaldo deram segurança aos dois, Domingos e Fernanda, de optar pela limpeza absoluta, de confiar na máxima de que quanto menos, mais. Arriscaram deixar a personagem sentada, acompanhada apenas de alguns objetos, entre os quais, o maravilhoso livro Nossa Vida Sexual, de Fritz Khan, da Biblioteca do Avô da personagem, (que tivemos a alegria de encontrar num sebo de São Paulo) e os dois Budas Ditosos, estatuazinha em miniatura de dois budinhas praticando o sexo, "essas coisas milenares, de Chinês".

    O espetáculo tem duração aproximada de 60 minutos e os ingressos já estão à venda e podem ser adquiridos pelo site Sympla ou nas bilheterias do teatro.

    FICHA TÉCNICA

    Texto de João Ubaldo Ribeiro

    Com Fernanda Torres

    Direção – Domingos de Oliveira

    Dramaturgia – Domingos de Oliveira e Fernanda Torres

    Direção de arte – Daniela Thomas

    Figurino – Cristina Camargo

    Criação Maquiagem – Marcos Padilha

    Light designer – Wagner Pinto

    Trilha sonora – Domingos de Oliveira e Jonas Rocha

    Assistente de direção – Lincoln Vargas

    Operação de Som – André Omote

    Operação de Luz – Diego Diener

    Produção – Bonarcado Produções Artísticas

    Co-Produção – Trígonos Produções Culturais

    Direção de Produção – Carmen Mello

    Assistência administrativa e Produção – Elinete Barcellos

    Mídias Sociais e Produção – Nicolle Meirelles

    Fotografia – Luciana Prezia

    Espetáculo: A Casa dos Budas Ditosos

    Dias: 05, 06, 07, 13, 20 e 27 de março.

    Horário: às 20h00

    Local: Teatro Multiplan

    Endereço: Shopping Village Mall - Av. das Américas, 3.900 – Barra da Tijuca

    Valores: Entre R$ 100,00 e R$ 380,00

    Classificação: 18 anos

    Capacidade limitada: 300 lugares

    Gênero: Teatro Nacional

    Duração: 90 min

    Classificação indicativa: 18 anos

    Mais informações: www.bileto.sympla.com.br  



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