NOTÍCIAS / Tudo sobre Samba

  • Esquenta, Junto e Misturado: Xô Preconceito é o enredo do Império da Zona Oeste para o Carnaval 2016

    Lucia Mello em 10 de Setembro de 2015

     Desenvolvido pelo carnavalesco Sandro Aguiar, com autoria de Marcos Roza, o Império da Zona Oeste levará para a Passarela de Desfiles da Intendente Magalhães no Carnaval 2016 o enredo “Esquenta, Junto e Misturado: Xô Preconceito.
    A agremiação entregou neste domingo a sinopse do seu enredo 2016. O encontro que contou bom contingente de público presente marcou o início da trajetória da confecção dos sambas que a escola escolherá para ser o hino do seu desfile do Carnaval 2016.
    O carnavalesco e a direção da escola estarão à disposição dos compositores para prestar esclarecimentos e dirimir quaisquer dúvidas sobre o enredo no Grêmio de Paciência, situado à Estrada de Urucânia nº 716, nos dias 13 e 20 de setembro, a partir das 14 horas. A apresentação dos sambas concorrentes ocorrerá no dia 04 de outubro e a grande final será no dia 01ª de novembro.

    Confira a sinopse:

    Rio de Janeiro! Os termômetros da cidade chegam aos 40o . Animados sambistas se preparam para mais um domingo de verão. O brilho do sol “esquenta” o Império da Zona Oeste, raiando a paz e uma feliz diversidade... Neste dia iluminado, Regina Casé e todo seu elenco comandam o trem de uma grande festa. Todos juntos e misturados, ao som da bateria arrebenta, exclamam fervorosamente: Xô Preconceito!. Nosso trem tem espaço para todos. Não importa a idade ou a sexualidade, o que nos
    interessa é a pluralidade: negro, branco, índígena, mulato, cigano, cafuzo, mameluco, chega mais, homem, mulher, gay, idoso, criança... Partiu! Da Zona Oeste a Zona Sul, cruzamos a cidade espalhando a nossa vibrante energia de liberdade. Mas falávamos em liberdade... Ah, liberdade! Desejo que inspirou tantos capítulos da nossa história. Os povos indígenas que, na trama do seu cotidiano, lutaram bravamente e imprimiram seus traços culturais no seio da nossa sociedade. O grito de liberdade também ecoou da resistência e da riqueza cultural dos negros aquilombados – cultura esta, que nos
    presenteou com a ginga, capoeira, congo, tambor de crioula e, principalmente, o semba a origem do nosso samba. Sol quente de vibrações positivas, nesse dia verão, o bonde está formado. Xande de Pilares, Péricles, Arlindo Cruz, Leandro Sapucaí, Mumuzinho e Douglas marcam o Partido Alto na palma da mão. Entre muitos sambas versados, a cantoria é no Cacique de Ramos, numa roda de samba animada em homenagem à matriarca do samba, Tia Ciata. No fundo do quintal, a batucada do tantã, pandeiro, surdo, tamborim e os arranjos dos cavaquinhos embalam a culinária. As baianas com suas mãos abençoadas preparam a feijoada. “Um sorriso negro, um abraço negro traz felicidade... Enquanto a molecada se diverte... Desce mais uma gelada para alegrar a rapaziada. E o couro come! É a festa do samba e da negritude! Pelas janelas dos vagões animados, vemos as comunidades da cidade. É festa no morrão! Os funkeiros mostram suingue e criatividade nos passinhos e, as novinhas, com todo seu glamour, quebram tudo até o chão. E todos cantam: Eu só quero é ser feliz, andar
    tranquilamente na favela onde eu nasci. E poder me orgulhar e ter a consciência que o pobre tem seu lugar. Tudo que é muito bom é misturado, concordam? Dançam funk, gafieira e até balé clássico ao som das orquestras sinfônicas... E digo mais, acreditem se quiser: até o Velho Guerreiro distribui abacaxi e matuto pula fogueira ao som da zabumba e sanfoneiro...
    Cruzamos um belo arco-íris... Seu colorido germina as flores da diversidade. E logo mais a frente, nos misturamos a uma passeata com todas as religiões e portadores de necessidades especiais... Esquenta piloto!
    Hasteando a bandeira do respeito, da liberdade sexual e religiosa, chegamos à Avenida Rio Branco. Viajamos pelo universo cultural da Biblioteca Nacional. Aconchegue-se! Você que é nosso convidado, seja solidário e doe um livro. Leia e aprenda, nesse trem da inclusão social, todo mundo se diverte e se embala com as melódicas rimas da literatura de cordel. Nosso destino é a vida de um país mais justo, feliz e saudável. Sai pra lá injustiça social rumo à folia do carnaval. Ô abram alas, que o esquenta
    vai passar , perpetuando a alegria dos salões e dos blocos de rua; porque quem não chora não mama, brinca e respeita. Explode de alegria no bonde do Esquenta, junto e misturado: Xô preconceito.

    Pesquisa e texto: André Ferreira e Marcos Roza

    Carnavalesco: Sandro Aguiar

    Supervisão: Marcos Roza (Historiador-Enredista)



ANUNCIANTES






SIGA O Ti Ti Ti!