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  • Confira a sinopse da Mocidade de Vicente de Carvalho

    Lucia Mello em 25 de Julho de 2013

    A Mocidade de Vicente de Carvalho divulgou essa semana a sinopse do seu enredo do Carnaval 2014 "O orgulho negro de Luiza Mahin e seus tambores de crioula", de autoria do carnavalesco Claudio Torres.
    Confira a texto:

    Presidente: Bero Vice Presidente: João Elis
    Diretora de Carnaval: Renata Reluz
    Autor do enredo e Sinopse: Claudio Fontes - Carnavalesco

    SINOPSE
    "O ORGULHO NEGRO DE LUIZA MAHIN E SEUS TAMBORES DE CRIOULA"
    Através do voo livre e com gritos de liberdade! Nossa águia guerreira, símbolo do nosso pavilhão, conduz nossa Nova Mocidade de Vicente de Carvalho no carnaval de 2014 a viajar na historia que nos livros escolares não contaram; esquecida, um mito, Luisa Mahin; sempre baseado na narrativa presente do abolicionista, poeta, Luiz Gama e filho de luisa Mahin.
    Ao despontar uns fechos de luz surge como o sol aos fracos, uma negra africana, livre, de nação nagô, de nome Luisa Mahin, pagã, que sempre recusou o batismo e a doutrina cristã. Sempre carregando em seu caráter o orgulho de sua raça.
    Radicada no Brasil, especialmente na Bahia, vindos do noroeste da África colonizada por muçulmanos, conhecidos como negros islamizados, de tribo Malês.
    Unindo se a um fidalgo português, por quem deixou-se enamorar, nasceu Luís Gama, que ficou aos cuidados do pai, dissipador, a criança, então com dez anos de idade, acabou sendo vendido ilegalmente como escravo, para quitar uma dívida de jogo.
    Luisa Mahin, quituteira de profissão, esse oficio servia para os seus propósitos revolucionários, batia de porta em porta pelas ruas de Salvador; do seu tabuleiro eram distribuídas as mensagens entre um quitute e outro para os seus companheiros que pretensamente adquiriam, pois os Malês sabiam ler e escrever em Árabe.
    O desejo de liberdade e de praticar o islamismo, unem os pensamentos e executam seus ideais custe o que custar. Está formada aí a grande rebelião. A grande marcha rumo à liberdade. O levante dos Malês.
    Andando em linhas cuidadosas, nos deparamos com nomes que fizeram a história acontecer. Deixando de lado suas fraquezas em prol de um todo. Nomes esses que história nenhuma conseguiu apagar, pois foram certamente verdades que o tempo não destruiu.
    Ouve-se nos cantos a conspiração, vozes baixas sussurram frases precisas escorre nos becos a lâmina das adagas, multidão tropeça nas pedras, há revoada de pássaros, sussurro, sussurro: "é amanhã, é amanhã, Mahin falou, é amanhã" . A cidade toda se prepara Malês, Bantus, Jêjes, Nagôs, vestes coloridas resguardam esperanças.
    O poder era o fim e a rainha esquecida Luisa Mahin que temperou na revolta no tempo da memória; Em nome de Allah ser o dono da terra, só quem tem patuá não tem medo da guerra.
    Não logrou êxito neste levante contra os portugueses, houve traição e foi descoberta, perseguida, detida e, possivelmente, degradada para Angola, na África. Ao fugir e retornar ao Brasil, vindo a instalar-se no Maranhão, refugiou-se nas casas da Mina onde possivelmente , com a sua influência, desenvolveu-se o chamado tambor de crioula.
    Ao rufar os tambores, mesmo camuflado em louvor a São Benedito, o santo dos cristã que também é considerado o protetor dos negros, o som de liberdade entoa nos terreiros do Maranhão; ressoa no coro do majestoso ilê cante! Aê,aê Vibre! Aê,eá.
    O som afinado a fogo tocado a murro, dançado a coice e chão? Crioula, crioula.
    No entanto o desejo de viver sem senhor na terra e no céu continuam mais forte do que nunca! Sou negra Mina, sou Nagô, sou Jêje, sou Pagã e Libertária.
    Sou Luisa Mahin de Alma guerreira, escrava por todos!
    Claudio Fontes - Carnavalesco



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