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  • Compositor processa EMI e Lesga

    Lucia Mello em 14 de Julho de 2009

    Marcos Paulo Moraes Mendes, o Marquinhus do Banjo, viveu um carnaval atípico este ano. No dia 18 de janeiro a festa perdeu um pouco da importância para ele. Um dos compositores do samba-enredo \"Viajar é Preciso - Viagens Extraordinárias através de Mundos Desconhecidos\", que ajudou a União da Ilha vencer o Grupo A e retornar ao Grupo Especial, o sambista não teve o seu nome impresso no encarte do CD do Grupo de Acesso A, da gravadora EMI Music, pelo selo Tapajós.
    O motivo para que isso tenha acontecido ainda não foi esclarecido. No contrato que os compositores da União da Ilha assinaram com a EMI, consta o nome e sobrenome de Marquinhus, inclusive o seu nome artístico, Marquinhus do Banjo.
    Gugu das Candongas, Léo da Ilha, Sardinha, Rafael Bronze e Marcinho fazem parte da parceria de Marquinhus e não tiveram esse tipo de problema com a gravadora. Procurado pela reportagem do SRZD-Carnavalesco na semana passada, o departamento jurídico da EMI ainda não respondeu às perguntas.
    - Eu acionei a gravadora na Justiça porque não colocou meu nome no encarte. Pra mim, o prejuízo foi grande, sem contar a tristeza. No dia 18 de janeiro o carnaval 2009 acabou pra mim, pois descobri que meu nome não estava no encarte. É legal ver o seu nome no CD, afinal, participei da parceria. Fiquei feliz com o campeonato da escola, mas no dia seguinte a tristeza voltou novamente pois vi os posteres da União da Ilha campeã e a letra do samba-enredo sem o meu nome entre os autores - relembrou Marquinhus, que disse que a Lesga, responsável pelos desfiles do Grupo e contratante da EMI, também está sendo processada.  
    Reginaldo Gomes, presidente da Lesga, reconheceu que houve algo de errado para que o nome de Marquinhus do Banjo não esteja na relação dos compositores do samba-enredo da União da Ilha, mas informou nem todos os encartes foram distribuídos com tal erro.
    - O nome dele está em alguns encartes, mas em outros, não. Ele não está tendo prejuízos, nem terá, pois não será excluído dos direitos autorais. O processo movido por ele inclui a Lesga, mas o nosso departamento jurídico analisou o caso e definiu que apenas a EMI responderá - disse o dirigente.
    O vice-presidente da União da Ilha, Djalma Falcão, confirmou a participação de Marquinhus na autoria do samba-enredo, mas minimizou o erro da gravadora.
    - Não deveria acontecer, mas essas coisas acontecem, infelizmente.
    A primeira audiência judicial está marcada para o dia 28 deste mês em um fórum na Ilha do Governador.



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