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  • CHICO César & GERALDO Azevedo em "VIOLIVOZ - Ao Vivo"

    Redação em 12 de Agosto de 2023

    Dupla lança registro audiovisual do show, gravado na Concha Acústica, em Salvador. Áudio ao vivo chega aos aplicativos de música, com duas faixas inéditas compostas pelos dois, especialmente para o projeto. 

    Quando Geraldo e Chico entram abraçados, diante dos refletores, o público delira. Mas pouca gente imagina o tamanho do que vai acontecer ali.

    Duas personalidades tão relevantes na música popular tocando naquela mesma noite. Mais que isso. Dois gigantes entrelaçando suas obras e produzindo uma nova gema preciosa. Uma liga. Uma aliança poderosa.

    Vozes marcantes, com assinatura inconfundível. Um violão e uma viola de 12 cordas, em plena conexão amorosa. Nas mãos de dois mestres incontestáveis. Que ao invés de dividir, multiplicam o palco.

    Como artistas tão singulares podem ocupar o mesmo momento no espaço ?

    Violivoz. Chico César e Geraldo Azevedo

    Diamantes lapidados e com brilhos definidos.

    Começa com um desfile de canções já antológicas e que habitam o imaginário afetivo da platéia. Que acompanha em coro cada palavra, cada refrão. Táxi Lunar (Geraldo/Alceu/Zé Ramalho) e Mama África (Chico César) inauguram a noite. Aí já começa a magia. Cada um canta um trecho e os dois vocalizam juntos. E o balé de braços da galera ensaiando o que ainda virá.

    Alquimia e simbiose. É Geraldo quem puxa "Deus Me Proteja" (Chico César). Enquanto Chico inicia os versos de "Moça Bonita"(Geraldo/Capinan), a essa altura mal importava a autoria da música. Tudo era uma coisa só. E Geraldo emenda na balada infalível "Dia Branco". Todas ganharam versões únicas. Criadas para aquele show. Sem sampler, sem efeitos eletrônicos. Apenas os dois, ali, lado a lado. Refinamento em estado bruto.

    As palavras cantadas vão aos poucos compondo um grande mosaico de sentimentos e reflexões, que ampliam os sentidos, reverberam nos corações e cabeças presentes.O formato minimalista parece favorecer essa comunicação direta com os fãs.

    Ouve-se xote, folk, balada, baião,reggae e tudo vem com a mesma nobreza sonora. Com timbre pessoal.E pegada rock and roll.

    Noutro momento o palco se transforma num manifesto. Sim, politico. As músicas "Reis do Agronegócio"(Chico César / Carlos Renó) e "Pedrada" (Chico César) mexem com a consciência e a indignação coletiva dada a gravidade do tema.

    Como se não bastasse duas parcerias inéditas da dupla agora indivisível: "Nem na Rodoviária" e "Tudo de Amor".

    Os dois são exímios melodistas e dominam os mistérios harmônicos, os harpejos percussivos, as pausas sutis. E o que acontece é uma grande celebração. Arrebataram a audiência com a vigorosa e expressionista "Bicho de 7 cabeças"( Geraldo / Renato Rocha / Zé Ramalho) e a candura da majestosa canção de Chico "Estado de Poesia".

    Já perto do fim, os versos de "Paula e Bebeto"(Caetano / Milton) – "Qualquer maneira de amor vale a pena" são entoados como um canto de libertação.

    "Pedra de Responsa"(Chico César / Zeca Baleiro) e "Dona da Minha Cabeça" (Geraldo / Fausto Nilo) encerram uma noite onde a plateia mergulhou no universo fantástico de um Brasil que muita gente temia perder. Brasil de poesia, de empatia, de encantamento. Mas que através do talento desses dois gênios brasileiros, volta a pulsar com sua esperança e alegria revigoradas.

    Os dois se curvam em reverência à uma platéia de alma lavada, que fez parte de tudo, aplaudindo de pé, corações saciados.

    Chamando o próximo carnaval.

    Por Lula Queiroga - Poco da Panela - Recife

    FICHA TÉCNICA

    "Deus Me Proteja" (Chico César)

    Com Chico César e Geraldo Azevedo

    Chico César: voz e viola de 12 cordas

    Geraldo Azevedo: voz e violão

    Arranjo e produção musical: Chico César e Geraldo Azevedo

    Produção executiva: Geração Produtora, Chita e LF+C

    Coordenação de produção: Emília Veras e Luis Felipe

    Produtores executivos: Reinaldo Galvão, Eric Vecchione e Rodrigo Santos

    Diretor de palco: Rafael Lando

    Roadies: Adriano Colono e José Bonifácio

    Técnico de sonorização (monitor): Sérgio Peres

    Técnico de sonorização (P.A.): André Kbelo

    Técnico de gravação: Fabrício Mattos

    Iluminação: Marisa Bentivegna

    Cenografia: Fábio de Souza

    Fotografia: Marcos Hermes

    Capa: Adriano Cunha

    Assessoria de Imprensa: Miriam Roia, Patrícia Dornelas e Vivi Drumond

    Redes Sociais @violivoz: Marcos Lauro

    EQUIPE DE FILMAGEM "LORD BULL"

    Direção: Vinícius Dall Olivo

    Assistente de direção: Rômulo Menescal

    Coordenação de produção: Maria Cecília

    Assistente de produção: Adriano Pessoa

    Diretor técnico: Felipe Mesquita Lemes

    Técnico de áudio: Carlos Branco (Kalunga)

    Assistente de áudio: Roberio Cardoso Anunciação

    Técnico Broadcast: Danilo Rossi

    Técnico Broadcast: Miller Teixeira Costa

    Operadores de câmeras: Aurélio dos Santos Filho (Russo), Rodrigo Chagas Daltro, Vinícius Gabriel Azevedo Trajano, Florisvaldo Silva Santos Filho, Ivanildo Santos Silva – Operador de Câmera, Arthur César Freitas Luna, Cláudio Oliveira de Souza, Ajurimas Sales de Souza

    Assistente de câmera: Edvaldo Santana

    Gravado em dezembro de 2022, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador

    Está disponível nos aplicativos de música e no YouTube o registro audiovisual "VIOLIVOZ - AO VIVO", gravado, em dezembro de 2022, na Concha Acústica de Salvador.

    YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=UdIRka0arFQ




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