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CASAL DE MS E PB DO IMPÉRIO SERRANO IMPRIME INTENSIDADE NA PREPARAÇÃO PARA O DESFILE
Lucia Mello em 20 de Outubro de 2011
Para os imperianos, sua bandeira verde e branca é como “o lindo pendão da esperança”, conforme nos dirigimos, através do hino, ao maior símbolo da pátria, a bandeira nacional. Como a representatividade dos pavilhões, de um modo geral, dispensa explicações, é inquestionável o peso de carregar uma história tão cheia de glórias, com início em 1947. É preciso estar sempre pronto para reverenciá-la, veneração esta que dá ao casal Alex Marcelino e Raphaela Caboclo a oportunidade de retratar o Império Serrano.
Jovens ansiosos por provar sua imensa gratidão à escola de Madureira, que transformou suas vidas em atos constantes, eles se preparam para dar à peça o desfecho ideal. Após muitas apresentações como segundo casal da agremiação e até mesmo estreias precipitadas, Alex e Raphaela acreditam estar prontos para serem colocados à prova de julgamentos. E já que são justamente as notas na Sapucaí o caminho para o sucesso, eles recorrem ao chamado Síndico da Passarela, um dos homens que mais viu tropeços e ouviu aplausos na Avenida do Samba, José Carlos Faria Caetano, o Machine.
A saudação ao pavilhão é rotina cerimonial. Então, não pode haver cansaço que atrapalhe o empenho, nem temor que supere a determinação: “Eles estão ensaiando duas vezes por semana desde o dia 10 de setembro e já é possível sentir os avanços. Alex melhorou sua postura, está mais elegante e caprichando cada vez mais no cortejo. Já com relação a Raphaela, que é alta, nossa preocupação eram os giros. Ela evoluiu neste sentido, além de estar mais elegante e sorrindo sem timidez. O melhor de tudo é que a dupla tem muita força de vontade, parece estar consciente de que este é o momento e, portanto, trabalhará duro pela nota máxima e, possivelmente, conquistará o dez com unhas e dentes”, comentou Machine.
Com a propriedade de quem ensaiou nomes como Julinho (Vila Isabel), Gleice Simpatia (Salgueiro), Sidcley (Salgueiro) e Fabrício (Porto da Pedra), Machine diz que vê no casal Alex e Raphaela um grande potencial, o que, aliás, pretende explorar ao máximo. Ainda este mês a frequência de ensaios passará a três vezes por semana e, a partir de dezembro, quatro. Tal qual Simón Bolívar – considerado um herói latino-americano –, Machine, ao que tudo indica, crê que Deus concede a vitória à constância. Que assim seja.