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  • CACIQUE DE RAMOS COMPLETA SEUS 50 ANOS

    Lucia Mello em 20 de Janeiro de 2011

    É NESTA QUINTA-FEIRA 20 DE JANEIRO DE 2011 QUE O BLOCO CACIQUE DE RAMOS COMPLETA SEUS 50 ANOS, AS  COMEMORAÇÕES QUE SE INICIARAM NO ULTIMO DOMINGO COM A VISITA E BÊNÇÃO DO ARCEBISPO DO RIO DE JANEIRO D. ORANI TEMPESTA, E SEGUIDO DA  RODA DE SAMBA DO CACIQUE, AMANHÃ TEM PROGRAMAÇÃO EXTENSA DESDE A TRADICIONAL MISSA REALIZADA NA SEDE DO BLOCO A SHOWS, VENDA DAS CAMISETAS PARA O CARNAVAL 2011 E A APRESENTAÇÃO DA LITERATURA DE CORDEL ABAIXO DESCRITA. 
    LITERATURA DE CORDEL CONTA
    A TRAJETÓRIA DO BLOCO CACIQUE DE RAMOS 
       Em 20 de janeiro de 1961 um grupo de jovens de Ramos, Olaria e Bonsucesso, fundava um pequeno bloco sem maiores pretensões. 50 anos depois, este bloco tornou-se um mito do carnaval brasileiro e sua quadra abriga um pagode onde passaram os maiores nomes do samba brasileiro e muitos ali foram revelados. É o Cacique de Ramos, patrimônio cultural do Rio de Janeiro. E pra contar a sua trajetória, o poeta popular Victor Alvim, conhecido também como “Lobisomem”, escreveu sua história no formato da tradicional LITERATURA DE CORDEL.
    “Freqüentador da roda de samba do Cacique de Ramos, o autor tinha o rascunho deste cordel guardado há cerca de 5 anos e decidiu continuar a missão de terminar o texto para homenagear o bloco no seu cinqüentenário
     
    “...O Brasil é terra rica
    Na arte e na cultura
    E tudo que vem do povo
    Na sua expressão mais pura
    É obra que emociona
    Até a alma mais dura
     
    E foi um dos grandes blocos
    Que me chamou atenção
    Despertou meu interesse
    E tocou meu coração
    Se tornando para mim
    Fonte de inspiração
     
    Um bloco muito animado
    E também tradicional
    Que arrasta multidões
    Fenômeno sem igual
    É o Cacique de Ramos
    Um dos reis do carnaval...” 
      Pesquisando em livros, discos, jornais, vídeos e conversando com integrantes novos e antigos da agremiação, Victor reuniu as informações básicas que precisava para escrever. A origem das 3 famílias que fundaram o bloco; a rivalidade com o bloco “Bafo da Onça” do bairro do Catumbi; grandes nomes que passaram pela sua quadra e outros detalhes importantes.
     
    “...E com essas três famílias
                       De Ramos e Olaria             
                       Um capítulo importante
                       Do carnaval surgiria
                       Mas isso naquele tempo
                       Ninguém imaginaria
     
                                          As mulheres já queriam
                                          Dos grupos participar
                                          As irmãs e namoradas
                                          Foram reivindicar 
                                         Rapidamente                                                                                                                  Conquistaram seu lugar
     
                       E assim dessa maneira
                       Um novo bloco nasceu
                       O “Cacique Boa Boca”
                       De repente apareceu
                       Em homenagem aos índios
                       Esse nome se escolheu
     
                                         
    Na década de 60
                                          Começou a sua história
                                          No ano 61
                                          Registrado na memória
                                          O Cacique começou
                                          Sua carreira com glória...”
     
     
    Conversas com Bira Presidente e Sereno, fundadores do bloco e integrantes do grupo Fundo de Quintal, foram primordiais para esclarecer dúvidas sobre nomes e fatos importantes.
     
    “ ...Na fundação do Cacique
             Também temos que lembrar
             De Ênio, Mendes e Dida
             Everaldo e Alomar              
             E outras tantas figuras
             Que é difícil enumerar...”
     
     Membros da diretoria do Cacique como Tuninho Cabral, Ronaldo Felipe e Renatinho Partideiro, membros da diretoria e apaixonados pelo Cacique foram grandes colaboradores e incentivadores para que o cordelista publicasse o livreto ainda em tempo para as comemorações dos 50 anos do Cacique de Ramos que começam na próxima quinta feira dia 20 de janeiro na sede da Rua Uranos, 1326.
     
    “...O bloco que começou
    Somente por diversão
    De uma turma de jovens
    Sem nenhuma pretensão
    Que jamais imaginavam
    Que cumpriam uma missão
     
    Que começou no subúrbio
    Do velho Rio de Janeiro
    Cresceu, ficou conhecido
    Por esse Brasil inteiro
    Transformando-se num mito
    Do carnaval brasileiro
     
    O Cacique é referência
    Na música brasileira
    Vem gente do Brasil todo
    E até de terra estrangeira
    Pra conhecer o Cacique
    E a sua tamarineira
     
    Desejamos ao Cacique
    Um feliz aniversário
    Parabéns por sua história
    E pelo cinquentário
    Vida longa e muito samba
    Aguardando o centenário! ...”
     
     
    O AUTOR
     
    “Lobisomem” é o apelido de Victor Alvim Itahim Garcia nascido no Rio de Janeiro em 21 de dezembro de 1973 na maternidade São Sebastião, filho de Joe Garcia e Nádia Itahim Garcia.
    É capoeirista, discípulo de Mestre Camisa e membro da ABADÁ-CAPOEIRA. Compositor e poeta popular, foi eleito em 2007 para ocupar, na Academia Brasileira de Literatura de Cordel, a cadeira de nº. 27, tendo como patrono o poeta pernambucano Severino Milanês.
    Publicou recentemente os folhetos “A Fantástica História de Zeca Pagodinho e o Disco Voador” e  “O Maravilhoso Encontro de São Jorge com Jorge Benjor”.
    Tem como objetivo maior sempre divulgar e elevar o nome da capoeira, do samba, da literatura de cordel e de toda a cultura popular brasileira.


    Por: Divulgação



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