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Bateria da Inocentes de Belford Roxo vai desfilar de Robocop gay
Lucia Mello em 17 de Fevereiro de 2011
Um sorriso entre sarcástico e conformado é a reação quase unânime entre os ritmistas da Inocentes de Belford Roxo quando o assunto é a fantasia deste ano. Cristiano Bara, carnavalesco da escola — que desfila pelo Grupo de Acesso A, com um enredo sobre os Mamonas Assassinas — escolheu estrategicamente a bateria, ala mais masculina das agremiações, para falar da quebra do preconceito contra os homossexuais. Somente há cerca de um mês e meio eles descobriram que vão desfilar de Robocop Gay, um dos sucessos do grupo de Guarulhos.— O carnavalesco ficou me enrolando. Falava que estava escolhendo entre três figurinos. Nós pensávamos que íamos vir de Chapolim — diz mestre Washington, que só foi contando os detalhes para o grupo aos poucos.
De frente, a roupa dos ritmistas na frente lembra um robô normal, mas a parte traseira inclui uma capa com as cores do arco-íris, símbolo gay. Ela será exibida na coreografia para os jurados. Apesar do capacete para esconder o rosto, há quem não goste nada da ideia.
— Todo mundo sabe que a gente desfila aqui! — argumenta Luiz Fernando Domingues, um dos diretores, que até a última semana pensava que usaria terno rosa choque — ou rosa chiclete, como diria Lolô Penteado
— Na verdade, eles vão vir de camuflado rosa choque, com coturno pink. O mestre de bateria será o comandante da tropa gay, com farda rosa, cheia de condecorações, e pantufa de bichinho — esclarece Cristiano, que estuda incluir boás na roupa e tem evitado os ritmistas quando vai à quadra...
Por: Divulgação