Rio - “Não podia comemorar meu aniversário em outro lugar. Ia ser semana passada, mas fiquei meio baleado. Agora estou firme e forte e a chapa vai esquentar.” Assim Zeca Pagodinho recebeu os amigos — mais de mil pessoas foram convidadas — para a festa de seu cinqüentenário, nesta quarta, na Cidade do Samba. “Chamei a família, médicos, polícia, bandido, viado. Tem de tudo. Aqui todo mundo é igual”, riu. O sambista disse que a festança foi patrocinada por ele mesmo: “50 anos é um galo (no jogo do bicho), não se faz todo dia. Não sei quanto chope foi encomendado, mas se sobrar a gente leva pra casa”.
Mônica, mulher do sambista, definiu: “Zeca está emocionado. É festeiro e está nascendo de novo. Ele obedece as ordens médicas: se deu um presente, que foi parar de fumar, e lá em casa toda a família está vigiando”. Ela disse que não teve ciúme das fotos de Zeca com Monique Evans, no ensaio da Grande Rio, no fim de semana. “Ela pode, é muito minha amiga”.
Zeca cantou com o grupo de Arlindo Cruz e a bateria da Grande Rio. Também subiram ao palco Jorge Ben Jor, Elba Ramalho, Beth Carvalho e João Bosco. Da gravadora, ele ganhou relógio e DVD com imagens desde o início da carreira. Ganhou e usou durante a festa uma camisa do Botafogo e uma de São Jorge, presente de Regina Casé. A amiga definiu: “Zeca não é amigo só de festas é também das horas difíceis. É igual a Floresta Amazônica, faz o equilíbrio do povo brasileiro”.